São Paulo, domingo, 22 de março de 2009

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Descobridor de Robinho e do novo astro santista mantém vida modesta

DOS ENVIADOS A SANTOS

O raio caiu duas vezes no mesmo lugar na vida de Roberto Antônio dos Santos, 52, o Betinho, um técnico de futsal de São Vicente. Mas sua vida nada mudou por ter sido o "descobridor" de Robinho e Neymar.
Betinho segue morando na mesma casa modesta na empobrecida cidade do litoral 19 anos depois de encontrar Robinho e 12 após ver Neymar pela primeira vez. Suas duas joias não o fizeram enriquecer.
Hoje sem um emprego fixo depois de deixar as categorias de base do Santos, no final do ano passado, Betinho não esconde a mágoa com sua primeira grande descoberta.
"A pior coisa do ser humano é a ingratidão. O Robinho ficava na minha casa, dormia no meu colo quando era uma criança. Depois que ele foi para a Inglaterra, nem atende aos meus chamados", afirma Betinho.
Segundo o treinador, o jogador do Manchester City até o ajudou financeiramente, mas há alguns anos o esqueceu. Com Neymar, ele espera que tudo seja diferente. "O Juninho [a forma como ele se refere ao atacante] e o Wagner Ribeiro [empresário] me estenderam a mão. Não sou de ficar pedindo as coisas, mas tenho certeza de que, quando ele [Neymar] puder, vai até me dar uma casa", diz Betinho, que lembra a primeira vez em que viu Neymar.
Isso aconteceu em um jogo amador em que o pai participava, em 1997. Neymar, então com cinco anos, brincava na arquibancada. "Era um garoto com as pernas finas, elegante como o Ademir da Guia [famoso ex-meia palmeirense]. Ele tinha tanta habilidade para correr que imaginei que também deveria ser bom com a bola."
Foi o início de uma parceria que começou no futsal do Tumiaru, um clube de São Vicente, e foi até o atacante chegar ao Santos, em 2004. (PC E RV)


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