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Descobridor de Robinho e do novo astro santista mantém vida modesta
DOS ENVIADOS A SANTOS
O raio caiu duas vezes no
mesmo lugar na vida de Roberto Antônio dos Santos, 52, o Betinho, um técnico de futsal de
São Vicente. Mas sua vida nada
mudou por ter sido o "descobridor" de Robinho e Neymar.
Betinho segue morando na
mesma casa modesta na empobrecida cidade do litoral 19
anos depois de encontrar Robinho e 12 após ver Neymar pela
primeira vez. Suas duas joias
não o fizeram enriquecer.
Hoje sem um emprego fixo
depois de deixar as categorias
de base do Santos, no final do
ano passado, Betinho não esconde a mágoa com sua primeira grande descoberta.
"A pior coisa do ser humano é
a ingratidão. O Robinho ficava
na minha casa, dormia no meu
colo quando era uma criança.
Depois que ele foi para a Inglaterra, nem atende aos meus
chamados", afirma Betinho.
Segundo o treinador, o jogador do Manchester City até o
ajudou financeiramente, mas
há alguns anos o esqueceu.
Com Neymar, ele espera que
tudo seja diferente. "O Juninho
[a forma como ele se refere ao
atacante] e o Wagner Ribeiro
[empresário] me estenderam a
mão. Não sou de ficar pedindo
as coisas, mas tenho certeza de
que, quando ele [Neymar] puder, vai até me dar uma casa",
diz Betinho, que lembra a primeira vez em que viu Neymar.
Isso aconteceu em um jogo
amador em que o pai participava, em 1997. Neymar, então
com cinco anos, brincava na arquibancada. "Era um garoto
com as pernas finas, elegante
como o Ademir da Guia [famoso ex-meia palmeirense]. Ele tinha tanta habilidade para correr que imaginei que também
deveria ser bom com a bola."
Foi o início de uma parceria
que começou no futsal do Tumiaru, um clube de São Vicente, e foi até o atacante chegar ao
Santos, em 2004.
(PC E RV)
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