São Paulo, segunda-feira, 22 de março de 2010

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Diretor refuta ingerências do governo

DE JOHANNESBURGO

A presença de dirigentes políticos no comitê organizador foi necessária para a execução das obras de infraestrutura da Copa da África do Sul, segundo o diretor-executivo do órgão que promove o Mundial de 2010, Danny Jordaan.
"Foi preciso construir bastante em termos de infraestrutura nas cidades. Portanto foi preciso trabalhar muito próximo do governo nas esferas federal, provincial [equivalente à estadual] e local", declarou o diretor-executivo à Folha.
Ele mesmo um ex-deputado do partido governista, Jordaan afirma que as instalações da Copa do Mundo talvez não tivessem sido concluídas a tempo sem envolvimento oficial.
"Foi preciso trabalhar de forma muito próxima com o governo na fase da infraestrutura. Tivemos que atuar juntos para construir aeroportos, estradas, estádios e para as obras de eletricidade e água, por exemplo."
Por outro lado, Jordaan diz que não há interferência direta do governo no cotidiano do comitê. "Isso não existe. Está muito claro que a responsabilidade para entregar o evento é do Comitê Organizador Local."
Segundo o diretor-executivo, as pessoas que têm ligações com o governo fazem parte do comitê em caráter "individual".
"Tokyo Sexwale [ministro da Habitação], por exemplo, foi nomeado como indivíduo. Se entendemos que uma determinada pessoa pode trazer uma contribuição para o futebol, nós a convidamos para o comitê. Todos foram nomeados nessa condição. Não estão aqui representando o governo."
O domínio político do comitê recebe críticas da Aliança Democrática, partido da oposição. "O CNA tem sempre muita disposição em controlar tudo, inclusive o futebol. Esquecem que vivemos numa democracia multipartidária", disse Donald Lee, responsável pela área de esportes no partido. (FZ)


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