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Diretor refuta ingerências do governo
DE JOHANNESBURGO
A presença de dirigentes políticos no comitê organizador
foi necessária para a execução
das obras de infraestrutura da
Copa da África do Sul, segundo
o diretor-executivo do órgão
que promove o Mundial de
2010, Danny Jordaan.
"Foi preciso construir bastante em termos de infraestrutura nas cidades. Portanto foi
preciso trabalhar muito próximo do governo nas esferas federal, provincial [equivalente à
estadual] e local", declarou o diretor-executivo à Folha.
Ele mesmo um ex-deputado
do partido governista, Jordaan
afirma que as instalações da
Copa do Mundo talvez não tivessem sido concluídas a tempo sem envolvimento oficial.
"Foi preciso trabalhar de forma muito próxima com o governo na fase da infraestrutura.
Tivemos que atuar juntos para
construir aeroportos, estradas,
estádios e para as obras de eletricidade e água, por exemplo."
Por outro lado, Jordaan diz
que não há interferência direta
do governo no cotidiano do comitê. "Isso não existe. Está
muito claro que a responsabilidade para entregar o evento é
do Comitê Organizador Local."
Segundo o diretor-executivo,
as pessoas que têm ligações
com o governo fazem parte do
comitê em caráter "individual".
"Tokyo Sexwale [ministro da
Habitação], por exemplo, foi
nomeado como indivíduo. Se
entendemos que uma determinada pessoa pode trazer uma
contribuição para o futebol,
nós a convidamos para o comitê. Todos foram nomeados nessa condição. Não estão aqui representando o governo."
O domínio político do comitê
recebe críticas da Aliança Democrática, partido da oposição.
"O CNA tem sempre muita disposição em controlar tudo, inclusive o futebol. Esquecem
que vivemos numa democracia
multipartidária", disse Donald
Lee, responsável pela área de
esportes no partido.
(FZ)
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