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Celeiro de talento custa R$ 58 por mês
DE BUENOS AIRES
Quando o tenista argentino Juan Martín Del Potro venceu o Aberto dos
EUA, derrotando o número um do mundo, Roger
Federer, em setembro
passado, a pacata Tandil
(140 mil habitantes), a 368
km de Buenos Aires, sentiu efeito imediato.
"Subiu tanto a procura
pelos cursos que tivemos
de abrir lista de espera",
afirma Jorgelina Sánchez,
secretária de Tênis do
Club Independiente, onde
Del Potro se iniciou na raquete aos seis anos.
Maior entre as quatro
academias de Tandil, que
já era conhecida na Argentina como celeiro de talentos, o Club Independiente
tem oito quadras e atende
a cerca de 600 alunos, do
minitênis (a partir de quatro anos) ao profissional.
Não profissionais pagam 125 pesos por mês (R$
57,80). Os profissionais
acertam com os técnicos o
valor do curso, além de pagar a mensalidade do clube, de 65 pesos (R$ 30).
A supervisão é do veterano Raúl Pérez Roldán,
64, que implementou seu
método no clube em 1972.
Para ele, "o talento é algo
natural e intangível, que
simplifica o esforço". Para
formar campeões, ele se
fia no domínio de "quatro
etapas: a automatização
[dos movimentos], o controle [da bola], a velocidade e a estratégia de jogo".
O prefeito de Tandil,
Miguel Lunghi, avalia que
a cidade "teve a sorte de
ter essa mística" em torno
do tênis.
(SILVANA ARANTES)
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