da Reportagem Local

Caso a Ferrari cumpra a promessa de protestar contra o sistema de freio da McLaren, em Interlagos, mais uma vez estará em discussão o auxílio eletrônico na pilotagem.
Proibida desde 1993, a eletrônica embarcada só pode ser utilizada na F-1 para otimizar as ações do piloto, nunca para as substituir.
Os câmbios atuais, por exemplo, têm gerenciamento eletrônico. Mas quem seleciona a marcha é o piloto -são semi-automáticos.
Especialistas ouvidos pela Folha acreditam que o freio da McLaren deve ser semi-automático, ou seja, de execução eletrônica. Fosse puramente mecânico, obrigaria o piloto a acertar, com extrema precisão, o instante de acioná-lo, assim como a carga devida.
Pela descrição feita por Jacques Villeneuve na última semana, esse parece ser o caso da Williams.
Segundo o campeão mundial, o sistema de seu time é de difícil acionamento e pouco eficiente.
Tendo o freio da McLaren um gerenciamento eletrônico, surge então a discussão da legalidade.
Se o terceiro pedal funcionar apenas como um botão, ligando um sistema inteligente, é ilegal.
Se, mesmo eletrônico, o pedal exigir do piloto sincronia e graduação, é legal.
Nesse caso, porém, restaria ainda uma segunda discussão, que se refere aos efeitos do freio.
Dependendo de como ele atua, poderia ser enquadrado como um controle de tração ou mesmo um regulador de bordo do diferencial, dois recursos proibidos. (JHM)


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