São Paulo, terça-feira, 22 de abril de 2008

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Painel FC

Ricardo Perrone - painelfc.folha@uol.com.br

Motivo de orgulho

Ninguém no Palmeiras assume ter soltado gás no vestiário do São Paulo. Mas as dificuldades enfrentadas pelos rivais foram festejadas por cartolas do clube. Argumentam que foi o sinal de uma nova era, após a saída de Mustafá Contursi. Agora, quando for provocado, o clube vai reagir. E se sentiu provocado com a falha de Paulo César Oliveira no primeiro jogo. No Bar Inglês, ponto de encontro de dirigentes e conselheiros no Parque Antarctica, o tom da conversa ontem era que houve vingança por décadas de provocação.

Além da fumaça. Os são-paulinos também reclamam de que tiveram problemas na tribuna reservada a eles no Parque Antarctica. Milton Cruz e Tata, auxiliares de Muricy Ramalho, deixaram o local ainda no primeiro tempo. Disseram que uma coluna prejudicava a visão.

Pisca-pisca. Os tricolores queixam-se ainda de uma série de quedas de energia em seu vestiário, todas antes de a partida decisiva começar.

Guerra. O Corinthians é adversário esportivo do Palmeiras. Já o São Paulo é inimigo mortal dentro e fora do campo. Ao menos dois cartolas alviverdes defendem a tese.

Máscara. As ausências do presidente da FPF, Marco Polo Del Nero, e do chefe dos juízes, Marcos Marinho, no jogo de anteontem viraram piada entre cartolas são-paulinos. Afirmam que a dupla sabia que haveria gás tóxico. E evitou o risco de contaminação.

Refresco. Os jogadores do São Paulo não são os únicos que consomem energéticos antes das partidas. Pelo menos uma das duas latas vazias que estavam no vestiário anteontem foi esvaziada pelo presidente Juvenal Juvêncio, que tem esse hábito.

Por um fio. A cúpula do São Paulo evita falar publicamente, mas não perdoa Marco Polo Del Nero por marcar o segundo jogo no Parque Antarctica. Não rompe relações porque precisa dele no projeto do Morumbi na Copa-2014.

Briga de foice. Cartolas são-paulinos narram com orgulho discussão entre Rogério e Vanderlei Luxemburgo no campo. Contam que o goleiro soltou impropérios e culpou o técnico pelo clima bélico. As assessorias dos dois dizem desconhecer os fatos.

Barba e cabelo. Nem a oposição do São Paulo acredita que derrotará Juvenal Juvêncio hoje nas eleições para a presidência do clube e do Conselho Deliberativo.

Cheiroso. O corintiano Andres Sanchez cumpriu uma série de compromissos no Rio na última quinta. Entre eles, foi ao lançamento do perfume do cantor Roberto Carlos.

Floresta. O governo da Noruega deu mostra de que dinheiro para organizar um Mundial vem de todas as partes. Repassará R$ 250 mil para a África do Sul compensar a emissão de carbono na Copa-10 com o plantio de árvores.


Colaborou EDUARDO OHATA, da Reportagem Local

Dividida

"O que aconteceu no Parque Antarctica foi a falência moral do Campeonato Paulista"
De MARCO AURÉLIO CUNHA, superintendente de futebol do São Paulo, sobre o gás no vestiário do clube


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