São Paulo, quinta-feira, 22 de abril de 2010

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Corinthians dá adeus à doce vida na Libertadores

Em grupo em que os rivais são um fiasco, equipe joga para fechar 1ª fase no topo

Hoje à noite, no Pacaembu, time de Mano Menezes, que não conseguiu ainda vencer uma partida por goleada, não terá Ronaldo no ataque

Ricardo Nogueira/Folha Imagem
Roberto Carlos treina para a partida de hoje do Corinthians contra o Independiente Medellín

PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians se despede hoje do que é doce, para ele, na Libertadores. E, depois da partida contra o Independiente Medel-lín, às 21h50, no Pacaembu, entra em cena a parte azeda.
Uma vitória contra o frágil rival colombiano dará ao time do Parque São Jorge a melhor campanha da fase de grupos e a teórica vantagem de sempre decidir em casa no mata-mata, caso vá até à final do torneio.
Nenhuma surpresa. Isso porque, no Grupo 1 da Libertadores, o Corinthians teve pela frente os rivais mais débeis da inchada competição. Juntos, Cerro Porteño, Independiente Medellín e Racing de Montevidéu somam só 14 pontos e dez gols, o que representa os piores índices de média de tentos e na soma de pontos do segundo ao quarto colocado de cada chave desta edição do campeonato.
Além disso, o Corinthians tem cumprido roteiro que lhe tem sido cativo na Libertadores. Nas cinco vezes anteriores em que disputou o torneio, o time sempre esteve entre os melhores da primeira fase. Foi o melhor em 1999 e 2003, o segundo em 1996, o terceiro em 2006 e o quarto em 2000.
Somando essas edições com o torneio atual, o Corinthians tem o fantástico aproveitamento de 75% na primeira fase do interclubes continental.
Como comparação, o São Paulo, o time brasileiro de história mais vencedora na Libertadores, conquistou 69% dos pontos disputados, contando sua partida de ontem, no estágio inicial da competição desde 2004, quando esteve presente em todas as edições.
Mas as atuações avassaladoras corintianas na primeira fase da competição não se repetem quando a disputa passa a ser eliminatória. O time foi derrotado nos últimos cinco jogos de mata-mata, tipo de partida em que seu aproveitamento despenca para 48% desde 1996.
Em 2003, por exemplo, o Corinthians teve a melhor campanha da fase inicial, com cinco vitórias em seis jogos. Depois, caiu logo nas oitavas de final, perdendo para o River Plate em Buenos Aires e em São Paulo.
O histórico de fracassos, porém, não preocupa os corintianos hoje. Mesmo sem Ronaldo, que será poupado e dará lugar a Iarley no ataque, o time afirma que jogará sem pensar no oponente que pegará nas oitavas.
"Nosso objetivo é terminar na primeira colocação [de toda a fase]. O adversário nas oitavas será consequência. Quem quer ser campeão não pode escolher adversário", afirma o goleiro Julio Cesar, que, de novo, substituirá o lesionado Felipe.
O jogo do Corinthians fecha a fase de grupos -o mata-mata começa na próxima semana.
Com chances remotas de classificação, o Independiente veio a São Paulo com só 16 jogadores, número insuficiente para encher o banco de reservas.
À parte do jogo, a diretoria corintiana informou ontem que o clube não tem interesse em negociar Jorge Henrique, que interessa ao Fluminense.
Os cartolas do clube dizem que o time será mantido até o fim da Libertadores, em agosto.


NA TV - Corinthians x Independiente
Sportv e Bandsports, às 21h50


FOLHA ONLINE
Acompanhe os lances de Corinthians x Independiente
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