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Roberto Carlos vira símbolo de resistência
DA REPORTAGEM LOCAL
Nada de cartões como no
começo da temporada, um
drible na idade, uma saúde
invejável. E Roberto Carlos,
aos 37 anos, transformou-se
no homem de ferro do Corinthians nesta temporada.
O lateral-esquerdo participou das últimas 11 partidas
do time alvinegro e permaneceu em campo do início ao
fim em todas elas.
Nenhum outro jogador da
equipe dirigida pelo técnico
Mano Menezes esteve em
campo nas últimas 11 partidas por todos os minutos.
Nessa sequência, o jogador
atuou uma vez a cada 4,3
dias, ritmo hoje visto com
muitas ressalvas no futebol
brasileiro, ainda mais para
um atleta veterano.
E foi nesses confrontos
que Roberto Carlos passou a
brilhar com a camisa do Corinthians e conquistou de
vez os torcedores do clube.
No período, ele marcou
três gols em fortes chutes,
nas vitórias sobre Santo André (2 a 1), São Paulo (4 a 3) e
Rio Claro (5 a 1).
Também se adaptou ao jeito de apitar dos árbitros brasileiros e sul-americanos, já
que, nessas 11 partidas, só levou um cartão amarelo -isso
para quem havia sido expulso contra Palmeiras e Santos
por entradas desleais para os
padrões nacionais, mas normais para o ex-jogador do
Real Madrid e Fenerbahce.
Com esse desempenho,
Roberto Carlos também passou a ser o veterano corintiano mais indicado pelos companheiros para disputar a Copa do Mundo da África do
Sul, en junho. O atacante Ronaldo declarou que o lateral-
-esquerdo, pelo que está jogando, merece mais do que
ele estar no Mundial.
Roberto Carlos, entretanto, prefere se concentrar nas
partidas e evitar o assunto
Copa do Mundo. Ele teme
que, pedindo uma vaga publicamente, sua chance de
ser chamado pelo técnico
Dunga -que já é mínima-
fique ainda menor.
(PC)
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