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São Paulo, quinta-feira, 22 de maio de 2003

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PAINEL FC

Sem choque (agora)
Gilmar Machado (PT-MG), principal articulador do governo Lula na área esportiva, classifica como "remendos" a aprovação do Estatuto do Torcedor e da chamada lei da moralização. "Foram coisas que aceitamos só para não chocar no início da gestão", diz o deputado.

Fase dois
Segundo Machado, o Planalto prepara uma guinada para o segundo semestre, pela qual o futebol fica em segundo plano e a prioridade seria a massificação do esporte. "É a fase dois do governo Lula no setor esportivo."

Mão amiga
Maior apoiador de Agnelo Queiroz entre os cartolas do país, Carlos Arthur Nuzman (COB) esteve ontem com o ministro. Dispensável dizer que declarou apoio irrestrito ao Estatuto do Torcedor e criticou a idéia de suspender o Brasileiro.

No ar
Excluído da TV Globo desde as CPIs do Congresso, que terminaram em dezembro de 2001, Eurico Miranda voltou a ser entrevistado pela emissora. Detalhe: Vasco e Globo Esportes já entraram em acordo para pagar os US$ 19 milhões devidos pelo clube carioca à TV.

Figaro
O vice corintiano Roque Citadini recusou (e depois aceitou) convite para participar ontem de um debate sobre o imbróglio da suspensão do Brasileiro numa emissora de TV. Tinha como programa ir a uma ópera.

Tribunal
O Sindicato dos Atletas Profissionais do PR entrou ontem com uma representação no Ministério Público Federal contra a possibilidade de paralisação do Brasileiro. Preocupada com o pagamento dos salários e dos demais encargos trabalhistas dos jogadores, a entidade quer assegurar a realização do torneio. A iniciativa dever ser seguida pelo sindicato do DF.

Conselheiro
A família Sarney não esteve representada apenas por Fernando, diretor da CBF, nas negociações com o governo. Desde anteontem, Ricardo Teixeira falou ao telefone pelo menos duas vezes com o presidente do Congresso, José Sarney.

Um está mentindo
A interlocutores, Teixeira disse ter tentado por três vezes falar com Agnelo Queiroz antes de decidir fazer a reunião de anteontem na CBF, mas não obteve resposta do ministro. O comunista, por seu lado, afirmou que não foi procurado.

Tropa de choque
A CBF tinha cinco representantes na reunião de ontem na Comissão de Educação, Cultura e Desporto que negociou um desfecho para o impasse do Brasileiro. Fernando Sarney, Vandenberg Machado (diretor de assuntos legislativos), Nabi Abi Chedid (vice-presidente), Marcos Chedid (filho de Nabi) e Weber Magalhães (presidente da federação do DF).

Muy amigo
O presidente da Uefa, Lennart Johansson, anunciou ontem publicamente o seu apoio ao inchaço da Copa-2006. "Os sul-americanos perderam em duas frentes [o Brasil não terá vaga automática e o continente perdeu o meio posto que disputava com a Oceania]. Não quero correr o risco que uma confederação considere a chance de desistir da Copa", justificou.

Nas nuvens
Antes de ver Luis Fabiano na seleção brasileira, o São Paulo resolveu antecipar o pagamento da última parcela que devia ao Rennes (US$ 210 mil). O vice-artilheiro do Brasileiro não esconde de ninguém que quer voltar para o futebol europeu, mas para isso os interessados terão que pagar ao clube paulista, dono dos seus direitos federativos, cerca de US$ 13 milhões.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

De Moacir Fernandes, presidente do Criciúma, sobre a participação do clube na decisão de suspender o Brasileiro:
- Ninguém me convocou para reunião nenhuma, ninguém me comunicou nada. Eu estou como um galo tonto.

CONTRA-ATAQUE

A cura pelo riso

O meia palmeirense Pedrinho, 25, enfrentou tantas contusões em sua carreira que acabou desenvolvendo um certo humor negro para questões médicas.
Tanto é assim que, em combinação com outros colegas de time, decidiu montar uma pegadinha para o atacante colombiano Muñoz, que sempre cai nas brincadeiras de concentração.
Sofrendo apenas dores musculares, Pedrinho cobriu a perna com esparadrapo, gaze e boa dose de ketchup. Quando Muñoz finalmente chegou, logo se espantou com a cena.
Sem perceber a farsa, o colombiano saiu pelos corredores gritando a pleno pulmão:
- Llamem o médico, llamem o médico. O Pedro está mal.
Em vez de atletas prontos para socorrer o companheiro, Muñoz viu sair detrás das portas o time todo às gargalhadas.


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