DO ENVIADO A WEGGIS

Não é a feijoada, o que já causou até demissão de nutricionista da seleção brasileira -Patrícia Bertolucci, na Copa do Mundo dos EUA, em 1994.
Mas, durante a sua estadia na Suíça, o time nacional terá outro produto tipicamente nacional e bastante gorduroso, que, dependendo da sua forma de preparo, está na lista de alimentos vetados pela atual nutricionista, em um evidente desencontro de informações.
Ontem chegou, no porta-malas de um carro de luxo e bem longe de uma refrigeração ideal, o primeiro lote de picanha que foi pedido pelo hotel e pela CBF para os pouco mais de dez dias que o time vai ficar em Weggis. Foram 60 kg em quatro grandes pacotes. Mais 40 kg chegarão nos próximos dias.
Um grande frigorífico brasileiro, com fazendas em Goiás e sede em São Paulo, fez uma parceria com seu distribuidor local e vai fornecer, sem custos para a confederação, as peças de picanha, iguaria que custa mais de R$ 100 o quilo na Suíça.
Uma fatia de apenas 100 g de picanha tem cerca de 280 calorias, mais do que o dobro do que é encontrado na mesma quantidade de um filé de frango.
Durante a semana, a nutricionista Silvia Ferreira disse que churrasco (forma em que a picanha é mais apreciada) estava vetado. "Somente se for no dia de folga", afirmou ela, que também proibiu os jogadores de comerem pratos típicos da cozinha alemã, também bastante gordurosos.
O mais famoso corte dos churrascos brasileiros não é a única coisa que foi feita para os jogadores se sentirem em casa. O hotel realizou uma praia artificial na beira do lago Lucerna. Só que a faixa de areia não comporta mais de cinco pessoas com os corpos estendidos.
Outros motivos praianos estão na passarela de bares e barracas que dá acesso ao campo de treinamento. (PAULO COBOS)


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