São Paulo, segunda-feira, 22 de junho de 2009

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fabuloso

Luis Fabiano faz 2, e Brasil elimina Itália

Atacante marca o 14º gol com a camisa da seleção, se aproxima de Pelé e confirma fama de goleador de partidas difíceis

Brasil 3
Itália 0

Paulo Whitaker/Reuters
O atacante Luis Fabiano comemora após ter marcado um de seus dois gols na vitória contra a Itália por 3 a 0, ontem, em Pretória, na última partida da primeira fase da Copa das Confederações

EDUARDO ARRUDA
PAULO COBOS
ENVIADOS ESPECIAIS A PRETÓRIA

O atacante Luis Fabiano, 28, é o "cara" da seleção brasileira sob o comando de Dunga.
Ontem, em Pretória, ele marcou dois gols na vitória sobre a Itália, por 3 a 0, que garantiu a equipe nas semifinais da Copa das Confederações e eliminou os atuais campeões mundiais.
Na próxima quinta-feira, o time nacional encara a África do Sul. Espanha e Estados Unidos irão definir o outro finalista.
Sem a badalação que têm Robinho e Kaká, o jogador do Sevilla tem números de Pelé na artilharia desde que foi resgatado por Dunga para a seleção brasileira, no final de 2007.
De lá para cá, ele fez 17 jogos e marcou 14 gols, média de 0,82 por partida. Pelé teve média de 0,83 com o Brasil. Ronaldo, de 0,64, e Romário, de 0,76.
Luis Fabiano é o segundo maior goleador da seleção com Dunga como treinador. Tem só um gol a menos que Robinho, mas este foi escalado em 42 dos 43 jogos do time com o técnico (sua média é menos da metade da registrada pelo camisa 9).
Luis Fabiano ainda se especializou em fazer gols nos jogos difíceis. Ele é o artilheiro do Brasil nas eliminatórias e é um dos goleadores da Copa das Confederações, com três gols.
Isso porque é letal quando tem uma chance. Na África do Sul, em três jogos, ele teve só seis oportunidades de gol.
Ontem, anotou dois tentos em três chances. O resto do time finalizou 17 vezes, e o Brasil só marcou mais um gol porque o italiano Dossena desviou contra as próprias redes.
"Atacante está ali para fazer gols", simplifica Luis Fabiano, eleito o melhor do jogo pela Fifa. Ele se mostrou emocionado ao falar o motivo que mais o faz feliz com a camisa da seleção.
"Essa é a única oportunidade que tenho de disputar uma Copa do Mundo, e estou aproveitando. É o meu grande sonho."
Antes do início da Copa das Confederações, ele disse que tinha como objetivo fazer um gol por jogo, justamente o que aconteceu na primeira fase.
Ontem, a tarefa do centroavante foi facilitada por um primeiro tempo primoroso da seleção. O time pressionou desde o início, como em uma bola na trave em chute de Ramires, titular na vaga de Elano.
Nem a contusão na coxa de Juan, que vai afastar o zagueiro do restante da competição, abalou a equipe de Dunga.
Depois de outra finalização na trave, em jogada de Lúcio, o Brasil abriu o placar aos 37min.
Maicon, em mais um gol brasileiro pelo lado direito, tocou para Luis Fabiano, que chutou rasteiro para bater Buffon.
No seu segundo gol, aos 43min, Luis Fabiano tocou para Kaká, que arrancou para servir o jogador do Sevilla. Dois minutos depois, Robinho arrancou pela esquerda e cruzou. Dossena tentou cortar e acabou chutando para o próprio gol.
Com larga vantagem, o Brasil administrou a partida na segunda etapa, e suportou a pressão italiana, que buscava pelo menos um gol para não ser eliminada de forma tão precoce.
"Fomos muito eficientes, conseguimos desestabilizar a Itália", comemorou Dunga, que agora terá um intervalo maior para descansar sua equipe.


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