São Paulo, segunda-feira, 22 de junho de 2009

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Recorde e ranking movem Federer em Wimbledon

Com ausência de Nadal, tenista suíço pode se isolar como o maior vencedor de Grand Slams e recuperar posto de nº 1

Depois do título em Roland Garros, vice-líder da ATP inicia hoje a campanha pelo seu sexto título no torneio mais tradicional do tênis

FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL

O dia, 11 de maio de 2009.
Tudo parecia conspirar contra o suíço Roger Federer.
Ainda sem títulos no ano, o número dois do mundo assistia ao líder do ranking, Rafael Nadal, dominar a temporada de saibro e com a chance de aumentar mais a confortável vantagem na lista da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) no Masters 1.000 de Madri.
22 de junho de 2009. Tudo parece a favor do suíço. Após ganhar o principal título do saibro, Roland Garros, o suíço pode reassumir o topo do ranking com a ausência do espanhol em Wimbledon, que começa hoje.
Em menos de dois meses, Nadal pode ver desaparecer no dia 6 de julho, dia da publicação do próximo ranking, uma vantagem de mais de 5.000 pontos (o equivalente a dois títulos de Grand Slams e a um de Masters 1.000) que tinha sobre o suíço, que o derrotou na decisão do Masters 1.000 espanhol.
Atual campeão, o espanhol sente dor no joelho e não tentará o bi. Com isso, o único tenista capaz de vencer Federer na grama nos últimos sete anos perderá 2.000 pontos.
Se faturar o mais tradicional torneio do tênis pela sexta vez, Federer aparecerá no topo do ranking pela primeira vez desde 18 de agosto de 2008, quando foi destronado por Nadal -terá 11.220 pontos contra 10.735 do espanhol.
"[A ausência de Nadal] é decepcionante para mim porque adoro enfrentá-lo", disse Federer, a despeito do retrospecto: venceu apenas 7 de 20 jogos.
O suíço se disse "sortudo" por não ter sofrido graves contusões. "É sorte, mas também planejamento e treino", disse Federer, 27, que um tem estilo que requer menos fisicamente do que o de Nadal, 23.
Porém o suíço não quis falar de recordes. "O foco é a primeira rodada e o primeiro ponto", falou ele, que hoje abre a programação da Quadra Central ante Yen-Hsun Lu, de Taiwan.
Uma nova vitória em Wimbledon o tira do empate com o americano Pete Sampras em títulos de Grand Slams (14) e o deixa a um do recorde do americano no torneio (sete).
A volta ao status de número um do mundo também o recolocaria na caça de outra marca de Sampras: semanas na liderança do ranking -ele soma 237 contra 286 do americano.
Mas Federer também pode enfrentar uma queda drástica e ser superado no ranking por dois rivais: o britânico Andy Murray e o sérvio Novak Djokovic. Para cair ao quarto posto (seria sua pior posição desde 23 de junho de 2003, quando era quinto), é preciso uma combinação de resultados como sua eliminação nas quartas e Djokovic batendo Murray na final.
O histórico de Federer, que chegou pelo menos à semifinal dos últimos 20 Grand Slams, mostra que o resultado é muito improvável. Mas a queda de Nadal nas oitavas de Roland Garros, onde nunca havia perdido, também foi inesperada.


Com agências internacionais

NA TV - Wimbledon
Sportv 2, ao vivo, às 9h


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