São Paulo, terça-feira, 22 de junho de 2010

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Com fé em algoz, Nigéria e Coreia do Sul fazem decisão

Africanos e asiáticos, que se enfrentam em Durban, torcem contra uma zebra grega

RENAN CACIOLI
DE SÃO PAULO

A menos que os gregos aprontem para cima de um time quase reserva da Argentina, Nigéria e Coreia do Sul farão hoje, às 15h30, em Durban, uma decisão de Copa do Mundo. Não vale taça, mas a vaga nas oitavas de final.
Os asiáticos, vice-líderes do Grupo B, com três pontos, estão mais "tranquilos". Já os africanos, sem pontuar, praticamente jogaram a toalha, apesar de sua classificação não ser tão improvável.
Basicamente, quem vencer avança. Isso, repetindo, se o time de Maradona seguir o script e bater a Grécia no outro jogo da chave, no mesmo horário, em Polokwane.
"Precisamos que a Argentina nos dê uma mão", afirmou o treinador da Nigéria, o sueco Lars Lagerback.
A equipe africana chegará aos mata-matas como segunda colocada do grupo com vitória simples sobre os sul-coreanos, somada a um triunfo argentino contra os gregos.
Três seleções terminariam iguais em número de pontos, mas os nigerianos levariam a melhor no saldo de gols. Combinação que soa improvável para o zagueiro Yobo.
"Parece que, mesmo com uma vitória, estamos praticamente eliminados", disse o desanimado defensor, descrente com o próprio time.
A última vitória em Copas -a Nigéria não participou da edição de 2006, na Alemanha- aconteceu na segunda rodada do torneio de 1998, na França, contra a Bulgária (1 a 0). Desde então, foram seis derrotas e um empate.
Para motivar os jogadores, a federação nigeriana prometeu pagar US$ 30 mil para cada um caso a seleção se classifique às oitavas de final.
Já o time asiático poderá avançar até com um empate, caso a Grécia não vença.
O que pesa contra a Coreia do Sul é seu retrospecto. Exceção feita a 2002, quando o país foi uma das sedes juntamente com o Japão, nas outras seis participações em Mundiais ele não conseguiu superar a fase de grupos.
"Disse a eles que precisam ser confiantes", afirmou o meia-atacante Park Ji-sung.
Um empate, somado à impensável derrota argentina, provocará uma dupla tragédia, e ela não será grega.


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