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LONGA espera
Após 48 anos, jovem time do Santos busca tricampeonato na Libertadores ante o Peñarol
LEONARDO LOURENÇO
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
São 48 anos de espera que
podem chegar ao fim nesta
noite. No estádio do Pacaembu, em São Paulo, basta um
triunfo sobre o Peñarol para
que o Santos reconquiste a
prestigiada Libertadores da
América, título que obteve
pela última vez em 1963.
O 0 a 0 em Montevidéu, há
uma semana, deixou a equipe da Vila Belmiro no cenário
de atuar na arena paulistana
em busca de uma vitória por
qualquer placar. Isso com o
apoio de 40 mil santistas.
Nova igualdade, por qualquer resultado, leva a decisão para a prorrogação e, se
necessário, aos pênaltis.
O tricampeonato pode coroar um planejamento que se
desenha desde a metade de
2010, quando a equipe venceu a Copa do Brasil.
Começou com a recusa de
Neymar à proposta do time
inglês Chelsea e contou com
os milhões despejados pela
Teisa, fundo de investimentos controlado por conselheiros e executivos ligados à direção do clube santista.
Tropeços sob o comando
dos então técnicos Adilson
Batista e Marcelo Martelotte
colocaram em dúvida a eficácia do que foi planejado para
a Libertadores. Mas Muricy
Ramalho chegou ao Santos e
recolocou o time nos trilhos.
Pela frente, hoje, haverá
um velho rival, recuperado
de anos de ostracismo. O
mesmo Peñarol que, em
1962, na primeira conquista
santista, contentou-se com o
vice da mesma competição
ante um time que tinha Pelé.
A esperança santista pelo
título outra vez ostenta o número 10 às costas. O meia
Paulo Henrique Ganso, curado de uma lesão na coxa direita que o afastou dos campos por 45 dias, volta para fazer companhia a Neymar.
Muricy sabe que estarão
na dupla, festejada pelo talento com a bola nos pés, as
maiores chances de seu time
vencer o campeonato.
"Vamos jogar futebol, sem
fazer guerra", disse o técnico, repetindo o discurso utilizado desde sua chegada ao
clube, ao notar um nervosismo excessivo que atrapalhava a equipe na competição.
"A Libertadores mudou.
Os jogos são mais técnicos. O
Santos mesmo teve uma lição, porque começou nesse
clima, [com] esse pensamento de guerra, de catimba, e
por pouco não foi eliminado", afirmou Muricy.
"Estavam querendo fazer
os atletas jogarem de um jeito que eles não sabem."
Com os nervos no lugar, o
jovem time do Santos (média
de 25,1 anos) chegou à final
da Libertadores e terá, a partir das 21h50, a chance derradeira de marcar seus nomes
na história do clube ao lado
de Pelé, Coutinho, Pepe...
NA TV
Santos x Peñarol
21h50 Globo, Bandsports, Sportv
e Sportv HD
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