DA REPORTAGEM LOCAL

O novo vice-presidente de futebol do Corinthians, Rubens Gomes, adotou uma norma que criou polêmica entre os funcionários do clube.
Não é algo oficial, mas Rubão, como é conhecido, não pode ver ninguém vestindo roupas verdes, cor do arqui-rival Palmeiras, que logo se irrita e repreende a pessoa.
Com mais de 1,90 m de altura e corpulento, o dirigente se impõe. E o fato é que ninguém que trabalha no clube tem ido trajando verde. Alguns funcionários reclamaram da atitude de Rubão, que geralmente pede que não se use a cor de maneira pouco educada.
Nenhum dos "alvos" do vice de futebol, porém, fez queixa aos superiores sobre os métodos pouco convencionais dele.
Rubão diz que não proibiu ninguém de freqüentar o Parque São Jorge com trajes verdes. Mas... "Eu, como corintiano, não tenho nenhuma camisa verde. E gostaria de que nenhum funcionário tivesse também", declarou à Folha.
As perguntas deixaram o dirigente irritado, que chegou a dizer ao repórter: "Você está procurando pêlo em ovo".
Mas, após insistência, ele afirmou: "Não posso proibir ninguém de ir trabalhar de verde, amarelo. Mas, se vier, vou fazer comentário de que não queria que viesse de verde", afirmou Rubão, ressaltando que isso vale apenas aos funcionários do futebol.
"Pelo menos as pessoas que trabalham no departamento de futebol eu gostaria de que não viessem de verde."
Corintiano fanático, sócio da Gaviões da Fiel, Rubão ganhou fama no Parque São Jorge por seu jeito truculento. Um de seus episódios mais famosos foi a "prensa" que deu no meia Roger, agora no Flamengo, após derrota para o São Paulo.
Ganhou poder no clube graças à aproximação com o empresário Renato Duprat, espécie de assessor do presidente Alberto Dualib. Algo que surpreendeu a muitos no clube, já que, quando Rubão era assessor do ex-deputado estadual Romeu Tuma Jr., contrário a parceria com a MSI, dizia que "prenderia" Duprat.
No cargo há menos de um mês, o time não venceu ainda sob sua gestão. Com as constantes manifestações da torcida contra Dualib, causou polêmica ao levar os jogos do Corinthians para o Morumbi. E ainda dizer que o "Pacaembu nunca foi a casa do clube".
A declaração revoltou a Gaviões, que divulgou nota repudiando as declarações de seu sócio número 279. (EAR E PGA)


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