São Paulo, domingo, 22 de agosto de 2004

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VÔLEI

Seleção pega Coréia pelo 1º lugar e para agradar a Zé Roberto

DO ENVIADO A ATENAS

Diante da Coréia do Sul, hoje, às 13h30, a seleção feminina de vôlei joga para confirmar a primeira posição de seu grupo na Olimpíada, na última chance de agradar ao técnico José Roberto Guimarães antes dos mata-matas.
Apesar de a equipe estar invicta em quatro partidas na Olimpíada (bateu Japão, Quênia, Itália e Grécia), o treinador viu falta de motivação em algumas titulares na vitória de anteontem, por 3 sets a 0, diante das frágeis gregas, que ocupam a 21ª colocação no ranking da Federação Internacional de Vôlei -o Brasil é o vice-líder.
A central Walewska e a ponta Virna, em especial, foram alvo de críticas indiretas. Tanto que Zé Roberto as substituiu durante a partida, pondo Fabiana e Sassá.
Ao término do jogo, teceu elogios às reservas pela dedicação demonstrada em quadra.
Fabiana foi a maior pontuadora, com 80% de sucesso no ataque, e ainda marcou dois pontos de saque -mesma marca alcançada por Sassá-, um dos fundamentos em que a seleção claramente tem deixado a desejar.
"Foi bom elas terem feito uma grande partida, porque no nosso caminho precisaremos que todas estejam bem", disse Zé Roberto.
As duas, entretanto, devido à menor experiência internacional, seguirão como opção de banco.
Virna até fez um mea-culpa, reconhecendo que ela foi uma das que relaxaram por ter enfrentado uma seleção de nível inferior.
"Quando o adversário não oferece muita resistência, temos que buscar a regularidade dentro da gente. Somos melhores, temos que mostrar em quadra."
A preocupação do treinador é somente dentro de quadra. Nos treinos e na Vila Olímpica, diz notar que todas se mostram "concentradas no objetivo".
Zé Roberto, que dirige uma seleção brasileira em Jogos Olímpicos pela terceira vez (além do ouro em 1992, foi quinto com o masculino em 1996), traçou como meta ao menos repetir o bronze de Atlanta-96 e Sydney-00.
Insatisfeito de um modo geral, o técnico afirma que cobrará sempre um desempenho melhor das que não estão correspondendo.
Ao mesmo tempo, porém, diz saber que precisa "maneirar", em vista dos resultados. "Não acho que estamos jogando bem. Mas estamos ganhando."
Uma vitória confirma o Brasil como primeiro colocado do Grupo A -posto também almejado pelas adversárias.
Nessa posição, cruzará nas quartas-de-final com o quarto do Grupo B, teoricamente o mais fraco da chamada "chave da morte" (EUA, Cuba, China, Rússia, Alemanha e República Dominicana).
As decepcionantes americanas (líderes da listagem da federação internacional), alemãs (em décimo) e dominicanas (em 13º), podem acabar na quarta colocação.
Um tropeço porém pode colocar a seleção brasileira em choque com China (terceira do mundo), Cuba (quinta colocada) ou Rússia (sexta) no mata-mata da próxima terça-feira. (LUÍS CURRO)


Sportv Brasil, ESPN Brasil, Globo, ao vivo, às 13h30


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