São Paulo, quarta-feira, 22 de agosto de 2007

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RÉGIS ANDAKU

O grande torneio do ano


A cinco dias do último Grand Slam, "torneio secreto" perto de Nova York ganha fama e atiça a curiosidade dos fãs


O QUE FAZEM os tenistas a apenas cinco dias do último Grand Slam da temporada? Os mais bem preparados, favoritos, relaxam músculos e cabeças com todo o conforto nos hotéis mais luxuosos de Manhattan. O leitor conhece: Roger Federer, Rafael Nadal, Andy Roddick. Comem bem, treinam bem, exercitam a confiança, são mimados por todos.
Outros estão em Nova York porque precisam. Disputam o qualificatório. Além dos brasileiros (Ricardo Mello, Júlio Silva, Rogério Silva, Thomaz Bellucci e Thiago Alves), nomes que o leitor já ouviu, mas não guardou: Rainer Schuettler, Jan Vacek, Andrei Pavel. Estes correm e suam para jogar pelo menos a primeira rodada da chave principal. Outros, ainda, nem tão favoritos, como Federer e Nadal, mas nem tão na tormenta do qualifying, como os brasileiros, estão pela região. Nikolay Davydenko, Tommy Robredo, James Blake, Nicolas Lapentti e Thomas Johansson, entre outros, jogam o Torneio de New Haven, em Connecticut, um treino qualificado travestido de torneio oficial, com um ritmo intenso e, de quebra, muitos dólares de prêmio.
Mas um grupo seleto de tenistas se prepara para o Aberto dos EUA em um "torneio secreto", disputado até em quadras no quintal de mansões privadas, para poucos e bilionários. O "Huggy Bears Invitational" nasceu há 20 anos, mas apenas nestes últimos ganhou fama mitológica.
Nasceu com um bilionário, Ted Forstmann, reunindo amigos e o irmão Nick para jogar. Depois, ele aproveitou o agito para fazer caridade. Passou a cobrar ingresso dos vizinhos milionários, convidou tenistas que estavam de bobeira esperando o Aberto dos EUA. A regra para quem joga e participa do "Huggy Bears" é: não fale do "Huggy Bears". McEnroe, milionários, Navratilova, Federer, bilionários, os irmãos Brian, Kevin Costner, Philippoussis, artistas, todos já passaram por lá -e nunca falaram nada.
Neste ano a festa de Forstmann e seus amigos começa hoje em Southampton. Não foi convidado? Não se chateie. Na segunda-feira começa a festa que todo mundo vê: o Aberto dos EUA. Calma, depois do "Huggy Bears" parece pouco. Mas não é.

ONDE?
Nem Nova York, nem Southampton. Flávio Saretta, melhor tenista do país, foi domingo ao Parque Antarctica. Palmeirense fanático, recebeu homenagem de seu time. "É muita emoção viver isso de perto."

EM CINCINNATI
O titulo de Federer foi o de número 50 da carreira. Detalhe: junte-se Masters Series e Grand Slam, são 25 troféus de primeiríssima linha. Sem contar três Masters.

EM BOGOTÁ
Teliana Pereira faturou o segundo título seguido na WTA. Bateu a portuguesa Frederica Piedade na final do Challenger colombiano.

reandaku@uol.com.br

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