LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL

Atual número 1 do Brasil e ex-líder do ranking mundial, o tenista Gustavo Kuerten, 28, voltou a ser operado do quadril direito ontem em Pittsburgh (EUA).
O responsável pela cirurgia foi Marc Philippon, chefe do grupo de problemas de quadris relacionados aos esporte do Centro Médico da Universidade de Pittsburgh. O médico, conhecido nos EUA por possibilitar aos seus pacientes o retorno à atividade competitiva em plenas condições físicas, falou ontem por telefone rapidamente à Folha, enquanto se preparava para outra cirurgia.
"Guga está bem. Tudo aconteceu dentro do previsto", disse ele, que teve os primeiros contatos com o tenista no Aberto dos EUA, jogado no início do mês em Nova York. No torneio, o brasileiro foi eliminado na primeira rodada, pelo dinamarquês Kristian Pless.
Até o fechamento desta edição, a assessoria de imprensa de Guga informara apenas que ele passaria por uma avaliação clínica, com a possibilidade de nova operação.
O tricampeão de Roland Garros (97, 2000 e 01), que viajou aos EUA no domingo, já antecipara a possibilidade de uma nova operação no quadril direito nas entrevistas que concedeu após vencer o desafio Brasil x Argentina, no sábado passado. "Não agüento mais um ano como este último, é uma luta contra mim mesmo. Jogar tênis não está sendo prazeroso. Nem estou cogitando muito o que pode dar errado [nos EUA]", afirmara o catarinense na ocasião.
Em fevereiro de 2002, o médico norte-americano Thomas Byrd removera cirurgicamente parte do labrum acetabular -fibrocartilagem que recobre a parte anterior da articulação do quadril- do tenista, na esperança de que as dores na região parassem.
Entretanto, desde então, Guga não conseguiu mais voltar a apresentar seu melhor desempenho em quadra. Mais recentemente, o tenista disse que chegou até a mudar seu estilo de jogo, para definir os pontos mais rapidamente: "Não posso mais me dar ao luxo de me expor a partidas longas".


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