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PARAOLIMPÍADA
Com dois ouros, nadador parte rumo a recorde
FERNANDO ITOKAZU
ENVIADO ESPECIAL A ATENAS
O nadador Clodoaldo Silva não
gosta de disputar os 200 m livre.
"É uma prova que tem que pensar
e eu gosto de meter o braço."
Mesmo assim, ele aniquilou ontem o recorde mundial e conquistou seu segundo ouro na Grécia.
Clodoaldo, 25, que teve paralisia
cerebral por falta oxigênio no parto, o que afetou o movimento das
pernas, nadou a prova em
2min55s75, melhorando em quase três segundos o tempo
(2min58s62) de Yuji Han (JAP).
Como ainda nada mais cinco
provas, em uma das quais (50 m
livre) é o recordista mundial, ele
tem grandes chances de se tornar
o primeiro brasileiro a conquistar
mais de dois ouros em uma mesma edição de Paraolimpíada.
O Brasil já igualou, em quatro
dias de disputas em Atenas, o número de medalhas de ouro obtido
há quatro anos em Sydney (seis) e
está apenas um de sua melhor
campanha, em 1984, quando os
Jogos tiveram duas sedes, Nova
York e Stoke Mandeville.
Em 2000, Clodoaldo ganhou
quatro medalhas (três pratas e um
bronze), mas diz que a grande diferença aconteceu com o volume
de treinamento. "Antes treinava
cerca de 3.500 metros diários,
agora chego a 8.000", disse.
O Brasil também obteve uma
prata nos 1.500 m com Odair Santos, que tem visão parcial por causa de uma retinose pigmentar.
O jornalista Fernando Itokazu viaja a convite do Comitê Paraolímpico Brasileiro
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