São Paulo, quarta-feira, 22 de setembro de 2004

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PARAOLIMPÍADA

Com dois ouros, nadador parte rumo a recorde

FERNANDO ITOKAZU
ENVIADO ESPECIAL A ATENAS

O nadador Clodoaldo Silva não gosta de disputar os 200 m livre. "É uma prova que tem que pensar e eu gosto de meter o braço."
Mesmo assim, ele aniquilou ontem o recorde mundial e conquistou seu segundo ouro na Grécia. Clodoaldo, 25, que teve paralisia cerebral por falta oxigênio no parto, o que afetou o movimento das pernas, nadou a prova em 2min55s75, melhorando em quase três segundos o tempo (2min58s62) de Yuji Han (JAP).
Como ainda nada mais cinco provas, em uma das quais (50 m livre) é o recordista mundial, ele tem grandes chances de se tornar o primeiro brasileiro a conquistar mais de dois ouros em uma mesma edição de Paraolimpíada.
O Brasil já igualou, em quatro dias de disputas em Atenas, o número de medalhas de ouro obtido há quatro anos em Sydney (seis) e está apenas um de sua melhor campanha, em 1984, quando os Jogos tiveram duas sedes, Nova York e Stoke Mandeville.
Em 2000, Clodoaldo ganhou quatro medalhas (três pratas e um bronze), mas diz que a grande diferença aconteceu com o volume de treinamento. "Antes treinava cerca de 3.500 metros diários, agora chego a 8.000", disse.
O Brasil também obteve uma prata nos 1.500 m com Odair Santos, que tem visão parcial por causa de uma retinose pigmentar.


O jornalista Fernando Itokazu viaja a convite do Comitê Paraolímpico Brasileiro

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