|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
resta o bronze
Brasil entrega o ouro no quarto final
Austrália começa período perdendo por 7 pontos, mas aproveita apagão brasileiro para virar e ir à decisão do Mundial
Técnico mantém Alessandra
e Janeth na reserva em
momento crucial e agora terá de lutar pelo 3º lugar contra as norte-americanas
ADALBERTO LEISTER FILHO
EDGARD ALVES
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Após dar lampejos de que poderia retornar a uma decisão de
Mundial feminino de basquete,
a seleção brasileira foi derrotada pela Austrália por 88 a 76 no
ginásio do Ibirapuera.
Também perdeu sua maior
chance de voltar ao topo do pódio após ver os EUA, favoritos
absolutos ao título, serem eliminados mais tarde pela Rússia
na outra semifinal. O time russo venceu por 75 a 68 e amanhã
estará na final das 14h.
Às brasileiras, resta a disputa
do bronze com as norte-americanas, também amanhã, às
9h30. O resultado de ontem
também irá acirrar a disputa
por vagas olímpicas. Se ganhassem o Mundial, os EUA teriam
lugar assegurado. O Pré-Olímpico das Américas classifica só
um time para Pequim-08.
Quem não garantir lugar disputa, às vésperas da Olimpíada, o
Classificatório Mundial, que
concede mais cinco vagas.
Apesar dos problemas que
terá de enfrentar, o Brasil se
mantém entre os quatro primeiros em praticamente todos
os Mundiais e Olimpíadas desde que ascendeu à condição de
potência da modalidade, há 12
anos, ao ser campeão do mundo
na Austrália. A exceção foi o sétimo lugar no Mundial-2002.
Ontem, a seleção usou estratégia semelhante à das quartas-de-final. O time iniciou veloz e
apostando nos tiros de longa
distância. Tal tática fez a técnica Jan Stirling pedir tempo para corrigir a defesa. O Brasil
passou então a buscar jogadas
no garrafão, com Alessandra,
terminando o primeiro quarto
empatado (21 a 21).
No segundo, Barbosa pôs Micaela e Erika, tentando melhorar a marcação. As mudanças
deram resultado. O Brasil roubou várias bolas, forçou a Austrália a errar e foi ao intervalo
na frente (40 a 39).
O terceiro quarto foi o mais
brilhante da seleção. Rápido, o
time também promoveu boa
marcação individual contra
Lauren Jackson, parando o ímpeto ofensivo da estrela australiana. Vacilante no ataque, a ala
cometeu em Janeth sua terceira falta, obrigando Stirling a tirá-la. Com o apoio da torcida,
foi para os dez minutos decisivos com boa vantagem: 64 a 57.
Mas o Brasil não segurou o
placar. A Austrália fez defesa
individual, dificultando os passes para Erika, que não conseguia se desvencilhar das rivais.
Mesmo com o time perdido
no ataque e irregular na defesa,
Barbosa demorou para pôr em
quadra a experiente Janeth, 37,
líder do grupo. "A equipe se
acomodou quando colocou nove pontos de diferença. Perdemos boa chance até de aumentar o placar. Mas, no último
quarto, quando acordamos,
elas já tinham passado à frente", lamentou Janeth.
Barbosa voltou a errar ao
apostar quase até o fim que Erika iria melhorar sua atuação. Só
desistiu quando a pivô cometeu
sua quarta falta. A torcida pedia
em coro a volta de Alessandra, a
titular, que jogava bem, apesar
de uma contusão no ombro.
A atleta voltou à quadra faltando pouco mais de dois minutos para o fim, quando o time
perdia por 81 a 72. O Brasil cometeu seguidas faltas, tentando brecar o cronômetro, mas a
diferença só aumentou. "O triste é que é meu último Mundial", disse Alessandra, antes de
chorar na entrevista coletiva.
BRASIL: Helen (3 pontos), Iziane (16), Janeth
(7), Êga (9), Alessandra (13); Adrianinha (9),
Micaela (9), Erika (10), Cíntia Tuiú (0);
AUSTRÁLIA: Harrower (9), Taylor (26), Snell (22),
Jackson (19), Whittle (6); Bevilaqua (0), Screen
(2), Grima (0), Summerton (4), McLnerny (0)
Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: Entrevista: Barbosa diz não aceitar as cobranças Índice
|