São Paulo, sexta-feira, 22 de setembro de 2006

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entrevista

Barbosa diz não aceitar as cobranças

DA REPORTAGEM LOCAL

O técnico Antonio Carlos Barbosa, 61, da seleção brasileira, ficou irritado na entrevista coletiva após a derrota. Recusou-se a responder sobre sua atuação no momento em que a Austrália virou o jogo no último período. "Jogamos bem em 38 minutos. E, nos dois minutos que a equipe não rendeu, a culpa é do treinador. Não aceito essa cobrança. Não vou ouvir mais isso. É fácil ficar atrás de um microfone e falar. É preciso saber os limites", insinuando ser essa uma cultura corrente no Brasil, país do futebol.
Aborrecido, mas dizendo-se confiante nas chances de o Brasil ainda chegar ao bronze amanhã, Barbosa respondeu a todas as outras perguntas, inclusive sobre ética de treinadores que atuam na mídia. "Para muitos deles, falta ética e humildade, embora haja exceção", afirmou.0 (ALF, EA E MB)

 

PERGUNTA - Qual a sua avaliação dessa derrota?
ANTONIO CARLOS BARBOSA
- Pode parecer clichê, mas perdemos para uma equipe forte, que consegue manter o ritmo em todo o jogo. Qualquer um poderia ter vencido.

PERGUNTA - A derrota pode abalar o time na disputa do bronze?
BARBOSA
- Mudando o hábito, levei as atletas para o vestiário logo depois do jogo e conversamos. Mostrei a elas que perdemos, mas que mostramos que estamos no nível. O importante é não confundir tristeza com frustração ou decepção. Nos mantivemos entre os quatro mais destacados do mundo. Um bronze deve ser festejado.

PERGUNTA - Como foi a virada da Austrália?
BARBOSA
- Foi rápida. Em dois minutos, tudo mudou. Aquele momento do quarto quarto foi fatal. Pedi tempo, mas não recuperamos.

PERGUNTA - O time do Brasil falhou no ataque?
BARBOSA
- O problema da minha equipe não foi no ataque. Foi o ataque da Austrália, time que tem constância de jogo, um basquete de alto nível.


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