São Paulo, quinta-feira, 22 de setembro de 2011 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Órfãos Sem apelo e ainda fora do novo acordo de TV, Guarani e Portuguesa sofrem na segunda divisão com derrocada do Clube dos 13 LEONARDO LOURENÇO DE SÃO PAULO Sete meses após a implosão do Clube do 13, entidade que reunia 20 dos principais clubes de futebol do país, só Portuguesa e Guarani, entre os que faziam parte da associação, ainda não assinaram contrato individual com a Rede Globo para a cessão dos direitos de transmissão. Ambos disputam a Série B, assim como Sport, Vitória e Goiás, mas, ao contrário desses três clubes, não chegaram a um acordo com a emissora. Ignorados pela televisão, temem a diferença que isso poderá fazer em seus cofres. Antes da dissolução do Clube dos 13, Guarani e Portuguesa faziam parte do mesmo grupo de equipes na divisão das receitas da TV. Com eles estavam os outros três clubes que hoje também disputam a segunda divisão do Nacional, além de Atlético-PR, Coritiba e Bahia. Pelo atual contrato, o último negociado pela associação e que se encerra no final deste ano, cada uma dessas equipes teve direito a aproximadamente R$ 13 milhões por temporada em 2010 e 2011 -metade desse valor para os que disputaram o acesso. Em fevereiro, entretanto, pouco antes da realização de uma nova concorrência para a venda dos direitos entre 2012 e 2014, um movimento encabeçado pelo Corinthians esfacelou o Clube dos 13, e as equipes passaram a negociar seus contratos de forma individual com a Rede Globo. Sozinhos e sem apelo, Guarani e Portuguesa perderam a força que tinham quando ainda discutiam em grupo. "Só teremos algo se subirmos", disse o vice-presidente financeiro do clube de Campinas, Jurandir Assis. "Eles usam um critério de visibilidade e audiência regional", afirmou o dirigente, ao explicar por que outras equipes da Série B já se entenderam com a emissora. O discurso do Guarani é ainda mais desanimador porque o clube não nutre esperanças de acesso, ao contrário da Portuguesa, líder da Série B, que trata do assunto com discrição para não criar atritos numa provável negociação para o ano que vem. A diferença entre o que recebem na Série B e o que poderiam receber na Série A a partir de 2012 é de R$ 27,5 milhões, já que os clubes alinhados a Guarani e Portuguesa na antiga divisão firmaram acordos de cerca de R$ 34 milhões a partir do ano que vem. Esse dinheiro seria um alento ao Guarani, que deve estimados R$ 120 milhões. "É uma queda vertiginosa", afirmou Assis, que lembra que o clube, como membro do Clube dos 13, foi incluído na divisão dos direitos mesmo quando disputou a Série C. Até por isso, os campineiros se posicionaram pela manutenção da entidade no início do movimento. Segundo o cartola, a Globo procurou o clube, mas as conversas não evoluíram. "Não há nada para conversar, só se voltarmos à Série A." Texto Anterior: Futebol - Rodrigo Bueno: Neymar nem para o Real nem para o Barça Próximo Texto: No Canindé, acesso é chave para o acordo Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |