São Paulo, domingo, 22 de outubro de 2006

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Peso pode fazer alemão trocar motor

DA REPORTAGEM LOCAL

A sorte. Uma velha parceira de Michael Schumacher abandonou-o no final de carreira. Nos dois momentos-chave deste Mundial, o alemão ficou de mãos vazias. Matematicamente, o título é possível. Mas o problema de ontem foi mais um golpe nas já escassas esperanças de chegar ao octo no adeus.
Em sua carreira, Schumacher notabilizou-se, entre outras marcas, por guiar carros resistentes.
Em Interlagos, ele completa 250 GPs na F-1. Foram apenas 53 abandonos, ou 21% -28 causados por problemas mecânicos e 25 por batidas ou rodadas.
Pela Ferrari, em 180 largadas, foram só 17 quebras. Enfim, dos 196 GPs que completou, em 154 ele foi ao pódio. Neste fim de ano, porém, fugiu à regra.
Após chegar à liderança do Mundial na China e largar no Japão com a chance de fechar o Mundial, Schumacher mergulhou numa maré de azar -e quebras.
Em Suzuka, o motor da Ferrari quebrou quando ele liderava e faltavam 16 voltas. Havia seis temporadas, o alemão não abandonava com problema no propulsor. Ontem, a pane foi na bomba de combustível. Pior: sem poder sair dos boxes, o alemão largará com o combustível que planejara queimar.
Supondo que ele e Massa cumpriam estratégias parecidas -um padrão neste ano-, e com a informação de que o brasileiro deu 13 voltas no terceiro bloco do treino, a conta fica fácil. Além de estar seis posições atrás de Alonso, Schumacher está cerca de 27 kg mais pesado. O que deve levar a Ferrari a decidir pela troca de motores.
Assim, o alemão largaria em último, mas, com o carro leve, poderia recuperar as posições e ter alternativas de estratégias. De quebra, correria relaxado, sem a preocupação de usar um motor que apresentou problema na véspera.
Até ontem à noite, a Ferrari não confirmava nem desmentia a possibilidade de troca. (FSX E TC)


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