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Zerado, Barrichello se decepciona com sua pior campanha desde 93
EDGARD ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL
Rubens Barrichello, 35, zerou na temporada, a primeira
em que não marcou nenhum
ponto desde sua estréia na F-1,
em 1993. Seu melhor resultado
no campeonato foi o nono lugar
no GP da Inglaterra.
"Fiquei decepcionado", disse
ele, sobre o abandono na prova
de ontem, após 40 voltas. "Um
problema na embreagem, o
carro saltava para a frente. Por
isso, queimei a largada. Tinha
muitos problemas, quebraria
de qualquer jeito", falou.
Quando colocou seu Honda
no 11º lugar do grid, ele estava
otimista sobre as chances que
tinha de conquistar pelo menos
um ponto (oitavo lugar).
Porém, nos dias que antecederam o GP, não poupou críticas ao seu Honda. "Com esse
carro, não dá para emplacar
uma curva igual a outra."
A Honda fechou o campeonato com seis pontos, garantidos por Jenson Button, que ontem deixou a pista mais cedo do
que o brasileiro, após a 20ª volta. A equipe atribuiu os abandonos a falhas no motor.
Barrichello vai descansar durante duas semanas, depois viaja para a Inglaterra já como
parte dos trabalhos para a temporada de 2008. Está convencido de que o novo projeto da
Honda, bem mais ousado, vai
permitir bons resultados.
O brasileiro é o piloto em atividade na F-1 com maior número (249) de GPs disputados na
carreira. Ele atuou também pela Jordan, Stewart e Ferrari, na
qual chegou a ser vice-campeão
em 2002 e 2004.
Na próxima temporada, Barrichello terá a chance de registrar o recorde nesse quesito,
batendo o italiano Riccardo Patrese, o piloto que disputou 256
corridas (de 1977 a 1993), afastou-se das pistas e hoje atua em
provas hípicas na Itália.
Essa meta, no entanto, ele
disse que nunca colocou entre
as prioridades na carreira.
"Não queria bater recorde de
GPs, queria ser campeão", disse, acrescentando que continua
competitivo e não descarta ainda lutar pelo título "algum dia".
Apesar da longevidade, o brasileiro falou que não consegue
se ver fora da F-1, que pilota
porque gosta e vai cumprir o
ano de contrato com a Honda.
Deve ser o ponto final, embora
assegure que ainda não planejou a aposentadoria. Entretanto, nos intervalos dos GPs,
quando não está testando os
carros, aproveita o tempo livre
para escrever sua biografia.
Sobre o desfecho do Mundial,
com vitória de Kimi Raikkonen, ele resumiu: "Chocante".
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