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Santos perde série invicta e chance de ser vice-líder
Após quatro partidas sem revés, time cai ante o Figueirense na rodada em que tropeços de adversários o favoreciam
Figueirense 1
Santos 0
DA REPORTAGEM LOCAL
Ao Santos, bastava uma vitória para assumir a vice-liderança do Brasileiro. O time de Vanderlei Luxemburgo, porém,
não funcionou. E a derrota
diante do Figueirense deixou a
segunda colocação do campeonato no colo do Palmeiras.
Atrás do líder São Paulo, com
67 pontos, está a equipe do Parque Antarctica, com 54, seguida
de Cruzeiro (53) e Santos (52).
O revés em Santa Catarina
também interrompeu uma série de quatro partidas de invencibilidade dos santistas.
Longe de ser brilhante, o primeiro tempo mostrou um Figueirense cheio de volúpia para
chegar ao gol santista, mas de
forma afobada. Segundo o Datafolha, o time catarinense finalizou nove vezes à meta de
Fábio Costa, mas acertou duas.
E a mais importante dos primeiros 45 minutos de jogo não
foi, digamos assim, correta.
Mas funcionou graças à colaboração do lateral-esquerdo Kléber, que voltava ao time titular
do Santos após ter servido a seleção nas eliminatórias.
Em cruzamento de André
Santos, pela esquerda, o ala dividiu com o atacante Ramon e
desviou a bola para trás, com a
ponta da chuteira, o suficiente
para matar o goleiro alvinegro.
"Eu toquei na bola, ela também bateu no Kléber", afirmou,
ainda em dúvida, o atacante do
Figueirense. Na súmula, o árbitro Péricles Cortez acabou confirmando o tento para Ramon.
Já o Santos, que acertou 2 de
seus 4 chutes a gol dados no primeiro tempo, atuava sem a inspiração dos armadores. A
exemplo do que ocorrera no
clássico diante do Palmeiras, na
rodada anterior, Petkovic e Vitor Júnior até impunham velocidade nos contra-ataques, mas
não conseguiam transformá-los em jogadas de perigo.
Pesou, também, para a modorrenta metade inicial do confronto o número alto dos erros
de passes de ambos os lados.
Juntos, os rivais rifaram 93
bolas. O Figueirense, com
maior volume de jogo, errou
mais: 53. A média por jogo do
Nacional é de 112 passes que
não vão ao destino esperado.
Na tentativa de melhorar a
qualidade da equipe paulista, o
treinador Vanderlei Luxemburgo mexeu duas vezes. Tirou
Vitor Júnior e colocou Rodrigo
Tabata. Também trocou Renatinho por Marcos Aurélio.
Logo na primeira chance da
segunda etapa, os visitantes
quase empataram. O atacante
Kléber Pereira, que não marca
desde o dia 5 de setembro, arriscou de fora da área e levou
perigo ao gol catarinense.
O Figueirense mexeu logo
em seguida. Ramon, autor do
gol, deu lugar a Frontini.
O Santos melhorou e passou
a pressionar o rival. Kléber Pereira, em outra bomba de longe,
aos 13min, obrigou Wilson a se
esticar e a espalmar para o lado.
Com o passar do tempo, porém, os paulistas foram perdendo a pegada e dando espaços para os anfitriões atacarem.
Em chutes de André Santos e
Diogo, o Figueirense esteve
muito perto de ampliar o placar, que não mudou até o fim.
No final, restou aos jogadores
lamentar, principalmente, a
atuação da equipe na primeira
metade do confronto. "Levamos o gol na única chance do
Figueirense, no último segundo", disse o sérvio Petkovic.
Na próxima rodada, o Santos
recebe o Goiás, na Vila Belmiro,
no sábado. Já o Figueirense
vem até São Paulo medir forças
com o Corinthians.
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