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GINÁSTICA
Daiane ficará até seis meses parada, mas evita criticar CBG
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Daiane dos Santos, 25, que
se submeterá a uma cirurgia
no joelho direito amanhã, vai
se afastar da ginástica entre
quatro e seis meses.
Ela terá de passar por um
procedimento médico para
alinhar a perna, já que o joelho sofreu um desgaste na
parte externa e, por isso,
apresenta um desvio de dez
graus em relação ao eixo.
Com a cirurgia, a atleta terá maior segurança para cravar o salto, que, segundo ela,
foi sua principal dificuldade
durante a apresentação no
solo nos Jogos de Pequim.
Laís Souza, 19, outra ginasta que foi à Olimpíada, também passará por intervenção
cirúrgica amanhã, entretanto seu tempo de recuperação
será mais curto: entre um
mês e meio e dois. No caso de
Laís, a cirurgia servirá para
retirar uma cartilagem solta
em seu joelho direito.
As duas atletas admitiram
que, antes dos Jogos chineses, já sofriam com dores decorrentes de problemas no
joelho. Eximiram, contudo, a
Confederação Brasileira de
Ginástica da responsabilidade de ter evitado que competissem machucadas.
A postura das duas ginastas destoa da adotada pelo
pai de Jade Barbosa, César,
que culpou a entidade por
ser negligente diante da lesão do pulso da filha.
Segundo Daiane, a única
ginasta da seleção que não
sofria com dores nos Jogos
era Daniele Hypólito. A gaúcha disse que todos da comissão técnica estavam cientes das lesões das atletas.
"Eles perguntaram se a
gente queria participar da
Olimpíada, e todo mundo
respondeu que sim. Competir com lesão nunca é bom,
mas a gente tem um objetivo
na vida que é chegar à Olimpíada, então, temos que fazer
escolhas", afirmou Daiane.
Ela disse que convive com
a dor no joelho desde depois
de Atenas-2004 e só não se
submeteu a uma cirurgia antes porque priorizava a participação em competições.
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