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Alemanha vai blindada à Copa
Empresa de consultoria de segurança sugere à federação que atletas usem coletes à prova de balas
Entidade irá mandar ainda neste ano comissão à África do Sul, encabeçada por seu chefe de segurança, para definir que medidas adotará
DA REPORTAGEM LOCAL
A federação alemã vai blindar seus jogadores durante a
Copa da África. Literalmente.
Preocupada com a delegação
que irá à África do Sul no ano
que vem, a entidade que cuida
da seleção da Alemanha decidiu contratar a consultoria de
uma empresa especializada em
segurança, a BaySecur.
Após estudar os índices de
violência e calcular a probabilidade de se enfrentar um problema de falta de segurança no
país anfitrião do Mundial, a
orientação da BaySecur foi a de
tratar a estada na África quase
como a ida a uma região que vive sob regime de guerra.
A empresa aconselhou a federação alemã a manter sua delegação confinada nos espaços
oficiais -hotéis, estádios e locais de treinamentos.
Qualquer pessoa que precise
ou queira se deslocar para outros lugares, sugere a BaySecur,
deverá fazê-lo escoltada e usando colete à prova de balas.
"A possibilidade de os jogadores andarem livremente fora
do hotel deve ser mínima. Do
contrário, haverá a necessidade
de se aplicar o programa completo de segurança, com guarda-costas armados e coletes à
prova de balas", disse o diretor
de planejamentos de proteção
da BaySecur, Günter Schnelle.
A preocupação, porém, não
se limita a assaltos ou a casos de
balas perdidas. Há o temor de
que atletas possam ser sequestrados caso transitem sem
acompanhamento pelas ruas
das cidades que sediarão o
Mundial do ano que vem.
Depois de receber o relatório
sobre as medidas de segurança
a serem tomadas durante a Copa, a federação alemã decidiu
que verá por seus próprios
meios o panorama sul-africano. Mandará ainda neste ano
uma missão encabeçada por
seu chefe de segurança, Helmut
Spahn, à África do Sul.
O conselho profissional dado
pela BaySecur, no entanto, tende a ser seguido à risca.
"Os jogadores não serão autorizados para se moverem
com a mesma liberdade que tinham na Copa de 2006, na Alemanha, ou na Eurocopa-2008,
na Áustria e na Suíça", disse o
gerente de futebol da seleção
alemã, Oliver Bierhoff, que
também é o responsável pela
logística da Alemanha.
Normalmente, a seleção alemã viaja com um ou dois oficiais da Federal Crime Office,
que é o equivalente à Polícia
Federal brasileira, além de oito
guarda-costas particulares. Esse contingente poderá ser aumentado para a ida à Copa.
A África do Sul é considerada
um dos países mais violentos
do mundo. O índice de assassinatos no país-sede da Copa fica
na casa dos 40 para cada 100
mil habitantes. No Brasil, esse
número, ainda que também
muito alto, não atinge 30.
Segundo relatório da ONU
(Organização das Nações Unidas), em 2008 foram registrados mais de 732 mil casos de
crimes violentos no país.
Com agências internacionais
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