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VÔLEI
A chance dos novatos
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
Chegou a hora das novas gerações mostrarem seu talento na Superliga Nacional, que começa no final de semana. Com a
debandada de jogadores para o
exterior, dos quais oito são integrantes da seleção campeã olímpica em Atenas, o torneio perde
no brilho e na técnica, mas os novatos ganham a chance de jogar.
No masculino, o maior exemplo
é o Banespa. O time tem Nalbert,
capitão da seleção em Atenas,
mas a base é muito jovem. A média de idade é de 21 anos. Jogadores talentosos como o levantador
Vinhedo e o central Michael, da
geração campeã mundial infanto-juvenil em 2001, são titulares e
vão fazer sucesso na Superliga.
Das 11 equipes inscritas, a exceção é o Suzano. O time do técnico
Ricardo Navajas tem jogadores
experientes e estrelas como André
Nascimento e Rodrigão -os dois
foram medalhas de ouro em Atenas-, Douglas, campeão olímpico em 92, e Murilo, que defendeu
a seleção na Liga Mundial.
O que houve neste ano foi uma
troca de técnicos. Cebola, ex-Minas, assumiu o Bento Gonçalves,
do Rio Grande do Sul. Marcos Miranda, assistente técnico da seleção campeã olímpica em 92, comanda o Minas, do ponteiro Roberto Minuzzi, que tem tudo para
ganhar vaga na seleção.
A Unisul, atual campeã nacional, perdeu sua principal estrela,
o argentino Marcos Milinkovic,
mas ganhou Giovane. O time, que
tem também a experiência do levantador Marcelinho, faz o jogo
de abertura do torneio, no sábado, contra Caxias do Sul, em Florianópolis.
Na Superliga, dois times prometem provocar surpresas: Bento
Gonçalves, com uma base muito
jovem e alta, e Nova Hamburgo,
que tem o comando do estratégico Jorge Schmidt, técnico com três
títulos brasileiros. Mas os favoritos ao título são mesmo Banespa,
Suzano e Unisul.
No feminino, não tem mistério.
Todos os olhos e rivalidades estarão voltados para os duelos entre
os dois grandes candidatos ao título: o Osasco, de José Roberto
Guimarães, e o Rio de Janeiro, de
Bernardinho. Mas a vantagem é
da equipe carioca que tem a melhor levantadora do país: Fernanda Venturini.
Vale também ficar de olhos
atentos às novas gerações. Um
exemplo é Regiane Bidias, 18
anos. Ela tem o físico privilegiado
em uma posição que o Brasil anda carente: é oposta e tem 1,90 m.
Integrante do time do Rio de Janeiro, ela tem um ataque poderoso e deve ser uma das grandes revelações da temporada.
O Minas também tem um time
com jovens promessas como a levantadora Ana Tiemi, que tem 17
anos e uma altura invejável para
essa posição: 1,87 m. O time conta
com mais duas integrantes da seleção juvenil que vão dar trabalho para as adversárias: a central
Thaísa Menezes e a ponteira Fernanda Garay.
Em uma Superliga dominada
pela nova geração, vale saudar o
retorno da atacante Hilma, 32
anos. Integrante da seleção medalha de bronze olímpica em 96,
ela passou os últimos seis anos
atuando no exterior. Agora, Hilma acertou contrato com o Sesi,
de Uberlândia.
A estrela
Surpresa na relação das estrangeiras convocadas para enfrentar a seleção italiana no Jogo das Estrelas, no domingo. Virna, Fofão, Walewska e Elisângela, as quatro jogadoras da seleção que atuam na Itália, não foram chamadas. A única brasileira da lista é a oposta Sheila,
que joga no Pesaro. Na última temporada, Sheila atuou no Minas e
defendeu a seleção, na era Marco Aurélio, até 2003.
Italiano
O Perugia, time das brasileiras Fofão e Walewska, perdeu a liderança
do Campeonato Italiano na rodada do final de semana. A equipe sofreu a primeira derrota no torneio para o Bergamo por 3 sets a 1 (18/
25, 25/23, 25/21 e 25/20). O Bergamo, da russa Lioubov Sokolova, é
agora o único invicto, com sete vitórias. O Perugia é o vice-líder.
E-mail cidasan@uol.com.br
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