São Paulo, segunda-feira, 22 de novembro de 2004

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VÔLEI

A chance dos novatos

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

Chegou a hora das novas gerações mostrarem seu talento na Superliga Nacional, que começa no final de semana. Com a debandada de jogadores para o exterior, dos quais oito são integrantes da seleção campeã olímpica em Atenas, o torneio perde no brilho e na técnica, mas os novatos ganham a chance de jogar.
No masculino, o maior exemplo é o Banespa. O time tem Nalbert, capitão da seleção em Atenas, mas a base é muito jovem. A média de idade é de 21 anos. Jogadores talentosos como o levantador Vinhedo e o central Michael, da geração campeã mundial infanto-juvenil em 2001, são titulares e vão fazer sucesso na Superliga.
Das 11 equipes inscritas, a exceção é o Suzano. O time do técnico Ricardo Navajas tem jogadores experientes e estrelas como André Nascimento e Rodrigão -os dois foram medalhas de ouro em Atenas-, Douglas, campeão olímpico em 92, e Murilo, que defendeu a seleção na Liga Mundial.
O que houve neste ano foi uma troca de técnicos. Cebola, ex-Minas, assumiu o Bento Gonçalves, do Rio Grande do Sul. Marcos Miranda, assistente técnico da seleção campeã olímpica em 92, comanda o Minas, do ponteiro Roberto Minuzzi, que tem tudo para ganhar vaga na seleção.
A Unisul, atual campeã nacional, perdeu sua principal estrela, o argentino Marcos Milinkovic, mas ganhou Giovane. O time, que tem também a experiência do levantador Marcelinho, faz o jogo de abertura do torneio, no sábado, contra Caxias do Sul, em Florianópolis.
Na Superliga, dois times prometem provocar surpresas: Bento Gonçalves, com uma base muito jovem e alta, e Nova Hamburgo, que tem o comando do estratégico Jorge Schmidt, técnico com três títulos brasileiros. Mas os favoritos ao título são mesmo Banespa, Suzano e Unisul.
No feminino, não tem mistério. Todos os olhos e rivalidades estarão voltados para os duelos entre os dois grandes candidatos ao título: o Osasco, de José Roberto Guimarães, e o Rio de Janeiro, de Bernardinho. Mas a vantagem é da equipe carioca que tem a melhor levantadora do país: Fernanda Venturini.
Vale também ficar de olhos atentos às novas gerações. Um exemplo é Regiane Bidias, 18 anos. Ela tem o físico privilegiado em uma posição que o Brasil anda carente: é oposta e tem 1,90 m. Integrante do time do Rio de Janeiro, ela tem um ataque poderoso e deve ser uma das grandes revelações da temporada.
O Minas também tem um time com jovens promessas como a levantadora Ana Tiemi, que tem 17 anos e uma altura invejável para essa posição: 1,87 m. O time conta com mais duas integrantes da seleção juvenil que vão dar trabalho para as adversárias: a central Thaísa Menezes e a ponteira Fernanda Garay.
Em uma Superliga dominada pela nova geração, vale saudar o retorno da atacante Hilma, 32 anos. Integrante da seleção medalha de bronze olímpica em 96, ela passou os últimos seis anos atuando no exterior. Agora, Hilma acertou contrato com o Sesi, de Uberlândia.

A estrela
Surpresa na relação das estrangeiras convocadas para enfrentar a seleção italiana no Jogo das Estrelas, no domingo. Virna, Fofão, Walewska e Elisângela, as quatro jogadoras da seleção que atuam na Itália, não foram chamadas. A única brasileira da lista é a oposta Sheila, que joga no Pesaro. Na última temporada, Sheila atuou no Minas e defendeu a seleção, na era Marco Aurélio, até 2003.

Italiano
O Perugia, time das brasileiras Fofão e Walewska, perdeu a liderança do Campeonato Italiano na rodada do final de semana. A equipe sofreu a primeira derrota no torneio para o Bergamo por 3 sets a 1 (18/ 25, 25/23, 25/21 e 25/20). O Bergamo, da russa Lioubov Sokolova, é agora o único invicto, com sete vitórias. O Perugia é o vice-líder.

E-mail cidasan@uol.com.br


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