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ATLETISMO
Revés em Atenas faz CBAt reduzir aclimatação
DA REPORTAGEM LOCAL
O desgaste sofrido pela delegação brasileira que competiu nos
Jogos de Atenas, em agosto, fez a
CBAt (Confederação Brasileira de
Atletismo) alterar o seu modelo
de aclimatação às competições.
A partir de agora, o grupo de
atletas não ficará durante um
tempo muito alongado longe de
casa antes dos campeonatos.
Neste ano, a equipe fez aclimatação de um mês antes de disputar os Jogos de Atenas. Nesses
dias, diversos contratempos prejudicaram o desempenho dos
atletas, que tiveram problemas de
saúde e relacionamento.
Edson Luciano Ribeiro sofreu
infecção intestinal. André Domingos teve uma crise estomacal
que fez parar seus treinamentos
dias antes da estréia olímpica.
A carne de porco servida na Espanha foi apontada pelo técnico
Jayme Netto como a grande vilã.
Apontado como candidato a
medalha no revezamento 4 x 100
m e no salto triplo, o Brasil só se
salvou do fiasco no último dia de
competição, quando Vanderlei
Cordeiro de Lima ganhou a medalha de bronze na maratona.
O revezamento ficou em oitavo
lugar. Jadel Gregório recolocou o
Brasil na final olímpica do salto
triplo após 24 anos, mas não passou da quinta colocação. Meses
depois, trocou de treinador.
"Houve problemas normais
quando uma equipe fica muitos
dias distante de casa. Vamos tomar mais cuidado com a alimentação. Um responsável irá planejar isso", conta Roberto Gesta de
Melo, presidente da CBAt.
Para o Mundial de Helsinque
(Finlândia), de 6 a 14 de agosto,
principal competição de 2005, os
atletas irão viajar entre dez e 15
dias antes do início das provas.
"É necessário um período para
eles se acostumarem com o clima
e o fuso horário. Mas não precisa
ser muito longo", afirma Gesta.
Os campings de treinamento serão mantidos. Em 2004, a CBAt
realizou cinco no exterior. Para o
ano que vem, a idéia é reduzir o
número de eventos fora do país
por causa de custos e do desgaste
das viagens longas. Haverá exceções, como para os fundistas, que
costumam treinar na altitude.
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