|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
camisa 9
Luis Fabiano aparece no Morumbi e salva seleção
Chamado após lesão de Afonso, atacante faz dois gols e vira contra o Uruguai
Dunga, que havia dito que não mexeria no time, escala ex-são-paulino e ganha respiro nas eliminatórias apesar da péssima atuação
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Sorte de Dunga que a sua invenção mais bizarra na seleção
brasileira se machucou.
Convocado só porque Afonso
se lesionou, Luis Fabiano marcou ontem os dois gols na vitória, de virada, sobre o Uruguai,
por 2 a 1, pelas eliminatórias.
E provou que uma coisa é não
ter passado no futebol nacional
e ser artilheiro do fraco Campeonato Holandês (caso de
Afonso), outra é ter sido o
maior goleador de um Brasileiro e liderar a lista do forte Espanhol (caso de Luis Fabiano).
"Fazer dois gols foi um prêmio", celebrou o atacante.
O resultado, conquistado
com uma atuação tenebrosa na
maior parte do tempo, faz o time nacional respirar.
Na pior das hipóteses, a equipe iria terminar a quarta rodada do qualificatório na terceira
posição -poderia subir para a
segunda em caso de tropeço do
Paraguai diante do Chile, em
jogo que seria encerrado depois
do fechamento desta edição.
Os quatro melhores sul-americanos vão à Copa. O quinto
ainda joga uma repescagem
contra um rival da Concacaf.
São oito pontos conquistados, só um a menos do que tem
a ainda líder Argentina.
Além da lesão de Afonso,
Luis Fabiano precisou contar
com uma "traição" de Dunga.
O ex-são-paulino jogou na
vaga de Vágner Love, centroavante de praticamente toda a
gestão do treinador.
Na segunda-feira, Dunga deixou claro que não iria mudar o
time. Anteontem, Love se queixou do esquema da equipe ao
dizer que "qualquer um que entende de futebol vê que a bola
não chega ao ataque".
"Optei pelo Luis Fabiano por
ele ser mais forte para agüentar
a marcação", explicou Dunga.
Ao fazer o segundo gol, Luis
Fabiano trocou calorosos abraços com Love, que em três jogos
pelas eliminatórias havia marcado apenas uma vez.
Além de evitar que o Brasil ficasse fora da zona de classificação, o jogador do Sevilla acabou
com um incômodo tabu.
O Brasil não vencia o Uruguai
desde 1999. Era também o único rival invicto nos confrontos
diretos com a seleção brasileira
no atual formado das eliminatórias. Foram cinco empates e
uma vitória da "Celeste", que
soma apenas quatro pontos.
As eliminatórias têm agora
uma longa parada. Voltam apenas em junho, quando o Brasil
pegará Paraguai e Argentina.
Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: No Morumbi, trio de estrelas não repete Maracanã Índice
|