|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Handebol dá prazo de validade a brasileiros
Seleções terão técnicos nacionais só até que novos estrangeiros sejam definidos
Espanhóis, que comandaram Brasil na má campanha em Pequim, não renovaram, e dirigente busca europeus para masculino e feminino
DA REPORTAGEM LOCAL
As seleções brasileiras de
handebol encerraram anteontem série de amistosos contra
Cuba, em Ceilândia (DF), sob a
direção de técnicos nacionais.
Mas tanto Marisa Loffredo
(feminino) quanto Washington
Nunes (masculino) sabem que
não esquentarão por muito
tempo o banco. Ambos ficarão
interinamente até a Confederação Brasileira de Handebol
acertar com um estrangeiro.
"Queremos anunciar o nome
dos novos treinadores até o início do ano", conta Manoel Luiz
Oliveira, presidente da CBHb.
As seleções nacionais ficaram órfãs de comandantes de
fora após a Olimpíada de Pequim, quando os espanhóis
Jordi Ribera (masculino) e
Juan Oliver Coronado (feminino) deixaram seus cargos.
Em ambos os campeonatos
olímpicos, o Brasil não protagonizou uma participação destacada. No masculino, terminou na penúltima colocação,
com somente uma vitória, sobre a frágil China, que não tem
tradição no esporte.
O feminino, no qual a CBHb
tinha expectativa até de chegar
ao pódio, não foi muito melhor.
O time não passou da fase inicial, terminando em nono.
Nos Mundiais de 2007, o
Brasil não foi muito melhor. O
time masculino terminou em
19º, atrás até da Argentina. O
feminino ficou em 14º.
Apesar dos fiascos recentes,
Oliveira acredita que a vinda de
estrangeiros ainda é a melhor
estratégia para o país.
"Recebi em torno de 27 currículos. Estamos perto de fechar
com um espanhol para o masculino e um treinador da Escandinávia para o feminino",
conta o cartola, sem dizer a nacionalidade do segundo -há indícios de que seja da Dinamarca, país que foi tri olímpico em
1996, 2000 e 2004.
Enquanto esses nomes não
são divulgados, os brasileiros
são usados de tampão.
Nunes, auxiliar de Ribera nos
Jogos de Pequim, terá a chance
de dirigir a seleção no Mundial
da Croácia, em janeiro. Pode
até ser companhia do futuro
treinador do Brasil, mas como
observador. E, mesmo com os
últimos resultados, afirma ser
favorável aos estrangeiros.
"No Brasil, o segundo colocado é considerado o primeiro
dos perdedores. Nossa participação olímpica foi excelente.
Desde Barcelona [1992], só não
fomos a Sydney [2000]. Já o
basquete não vai à Olimpíada
desde Atlanta [em 1996]."
(ADALBERTO LEISTER FILHO)
Texto Anterior: Italiano: Beckham chega e assiste a show de brasileiros Próximo Texto: Espanhol: Barcelona faz 2 a 1 de virada e amplia folga Índice
|