São Paulo, segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

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Handebol dá prazo de validade a brasileiros

Seleções terão técnicos nacionais só até que novos estrangeiros sejam definidos

Espanhóis, que comandaram Brasil na má campanha em Pequim, não renovaram, e dirigente busca europeus para masculino e feminino

DA REPORTAGEM LOCAL

As seleções brasileiras de handebol encerraram anteontem série de amistosos contra Cuba, em Ceilândia (DF), sob a direção de técnicos nacionais.
Mas tanto Marisa Loffredo (feminino) quanto Washington Nunes (masculino) sabem que não esquentarão por muito tempo o banco. Ambos ficarão interinamente até a Confederação Brasileira de Handebol acertar com um estrangeiro.
"Queremos anunciar o nome dos novos treinadores até o início do ano", conta Manoel Luiz Oliveira, presidente da CBHb.
As seleções nacionais ficaram órfãs de comandantes de fora após a Olimpíada de Pequim, quando os espanhóis Jordi Ribera (masculino) e Juan Oliver Coronado (feminino) deixaram seus cargos.
Em ambos os campeonatos olímpicos, o Brasil não protagonizou uma participação destacada. No masculino, terminou na penúltima colocação, com somente uma vitória, sobre a frágil China, que não tem tradição no esporte.
O feminino, no qual a CBHb tinha expectativa até de chegar ao pódio, não foi muito melhor. O time não passou da fase inicial, terminando em nono.
Nos Mundiais de 2007, o Brasil não foi muito melhor. O time masculino terminou em 19º, atrás até da Argentina. O feminino ficou em 14º.
Apesar dos fiascos recentes, Oliveira acredita que a vinda de estrangeiros ainda é a melhor estratégia para o país.
"Recebi em torno de 27 currículos. Estamos perto de fechar com um espanhol para o masculino e um treinador da Escandinávia para o feminino", conta o cartola, sem dizer a nacionalidade do segundo -há indícios de que seja da Dinamarca, país que foi tri olímpico em 1996, 2000 e 2004.
Enquanto esses nomes não são divulgados, os brasileiros são usados de tampão.
Nunes, auxiliar de Ribera nos Jogos de Pequim, terá a chance de dirigir a seleção no Mundial da Croácia, em janeiro. Pode até ser companhia do futuro treinador do Brasil, mas como observador. E, mesmo com os últimos resultados, afirma ser favorável aos estrangeiros.
"No Brasil, o segundo colocado é considerado o primeiro dos perdedores. Nossa participação olímpica foi excelente. Desde Barcelona [1992], só não fomos a Sydney [2000]. Já o basquete não vai à Olimpíada desde Atlanta [em 1996]."
(ADALBERTO LEISTER FILHO)



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