São Paulo, sexta-feira, 23 de janeiro de 2004

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FUTEBOL

No domingo, Corinthians e São Paulo decidem o título da competição

Após briga, Copa SP já teme final

Flávio Florido/Folha Imagem
Hernandez comemora gol do São Paulo no empate contra o Palmeiras, em Santo André


DA REPORTAGEM LOCAL

O jogo entre São Paulo e Palmeiras, ontem à tarde, válido pela semifinal da Copa São Paulo de juniores, deu uma mostra do que deve acontecer na decisão do torneio, que acontece domingo, às 11h, no estádio do Pacaembu.
Um tumulto generalizado tomou conta dos torcedores fora do estádio obrigando a PM a agir com rigor.
Uma série de confusões ontem nas semifinais da Copa São Paulo fez a Federação Paulista de Futebol e a Polícia Militar armar um esquema de guerra ainda maior para a decisão de domingo.
Corinthians e São Paulo, que derrotaram ontem Coritiba e Palmeiras, respectivamente farão a final às 11h no Pacaembu. A idéia da PM é confinar os são-paulinos no tobogã e só deixá-los sair do estádio 30 minutos após o término do jogo. Fora do Pacaembu e nas principais estações de metrô, a segurança será reforçada.
Antes da semifinal São Paulo x Palmeiras, que aconteceu no Bruno José Daniel, em Santo André, houve diversos distúrbios fora do estádio. O mais grave deixou o são-paulino Marco Antonio Amorim e Silva, 23, com várias escoriações no corpo -até o fechamento desta edição ele estava no Hospital Municipal de Santo André. Segundo a equipe médica, seu estado era estável e a alta deverá ser dada hoje.
Ele foi agredido por mais de 30 palmeirenses, mas apenas três foram detidos pela polícia. Dois deles eram menores e seriam entregues aos pais ou aos responsáveis legais. O outro, Adílio Santos Silva, 19, deveria passar a noite na delegacia e irá responder processo por agressão.
Houve também outra briga entre são-paulinos e palmeirenses fora do estádio, que acabou sendo interrompida pela polícia, que agiu com a cavalaria e usou gás lacrimogêneo. Já Nilton dos Santos, 25, torcedor do Palmeiras, teve ataque epilético e caiu de um muro de 8 m de altura. Foi internado em estado grave.
Dentro do estádio, as torcidas organizadas, cuja volta é defendida por Marco Polo Del Nero, presidente da FPF, descumpriram promessa feita à PF e ao Ministério Público. Passaram a maior parte do tempo entoando hinos de guerra uma contra a outra.
O temor da PM e da FPF não é só pelo que aconteceu ontem. Foi justamente uma final de torneio júnior, em 1995, que acabou provocando a proibição para as uniformizadas frequentarem estádio.
Batalha campal entre são-paulinos e palmeirenses, na final da Supercopa São Paulo, provocou a morte de um torcedor.
No ano passado, na decisão da Copa São Paulo, entre Palmeiras e Santo André, também houve tumultos. Palmeirenses entraram em conflito com a Polícia Militar e chegaram a destruir parte do alambrado do Pacaembu.
Nas semifinais de ontem, Corinthians e São Paulo empataram com Coritiba e Palmeiras, respectivamente, por 1 a 1 no tempo normal. Os dois times só se classificaram nos pênaltis.
Enquanto o jogo do São Paulo foi em Santo André, o do Corinthians foi mais cedo em Osasco.


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