São Paulo, terça-feira, 23 de janeiro de 2007

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Pela 1ª vez, Dunga só convoca estrangeiros

Amistoso contra Portugal encerra testes de treinador

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

Sem 12 jogadores que disputaram a Copa da Alemanha e nenhum atleta que atua no Brasil, fato inédito na sua gestão, o técnico da seleção brasileira, Dunga, anunciou ontem o fim do período de experiências.
Ao convocar os jogadores para o amistoso contra Portugal, em Londres, no dia 6, o treinador decretou o encerramento da fase de testes na equipe ao declarar que ""esta é a seleção".
Até então, o técnico, que assumiu o cargo com a promessa de rejuvenescer o elenco após o fracasso do time no Mundial-2006, sempre chamou uma série de novatos -a maioria atuando no futebol brasileiro. Justificava as constantes mudanças no grupo devido ao fato de estar conhecendo os atletas.
Na lista de ontem, apenas o atacante Adriano não havia sido convocado por Dunga.
Embora tenha afirmado que já tem uma base definida para a equipe, o treinador fez questão de deixar claro que ninguém é intocável. ""Esta é a seleção. Mesmo assim, ela está sempre aberta. Em todos os setores da vida, a pessoa tem que provar e conquistar o seu espaço todo dia. Com os jogadores, não será diferente", declarou ele.
"Vamos dar continuidade ao trabalho, mas, sempre que for necessário, faremos mudança", acrescentou o treinador, que está invicto no cargo (cinco vitórias e um empate).
Este ano será decisivo para Dunga se firmar como treinador da seleção. Em junho, ele vai comandar a equipe no seu primeiro torneio oficial -a Copa América, que será disputada na Venezuela. Logo em seguida, as eliminatórias da Copa do Mundo de 2010 terão início.
""A pressão vai acontecer sempre. Como já fomos jogadores da seleção brasileira, sabemos da cobrança que é feita aqui. Estamos sempre sendo testados", disse o técnico.
Com o fim da fase de testes, Dunga não chamou pela primeira vez jogadores que atuam no país. No ano passado, ele sempre convocava atletas de clubes brasileiros. Algumas vezes, irritou treinadores que eram obrigados a dispensar seus atletas em período de competição, como o técnico do São Paulo, Muricy Ramalho.




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