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FUTEBOL
Com Ricardinho, Roger, Tevez e Nilmar juntos pela 1ª vez desde o início de um jogo, time empata pela Libertadores
Quarteto estréia, e Corinthians emperra
DA REPORTAGEM LOCAL
Estavam os quatro juntos em
campo desde o início de uma partida pela primeira vez.
Mas o resultado foi decepcionante. Com Ricardinho, Roger,
Tevez e Nilmar, o Corinthians, na
sua primeira partida após a contestada contratação de Marcelinho, só empatou, em 2 a 2, no Pacaembu, com a Universidad Católica. O resultado manteve os visitantes na liderança da chave na
Taça Libertadores -os chilenos
têm vantagem sobre os brasileiros
no número de gols marcados.
O quarteto corintiano fez o time
marcar menos gols que sua média
no resto da temporada (2,55) e
tornou a defesa ainda mais vulnerável -a equipe tinha antes da
partida de ontem a boa marca de
1,09 tento sofrido por partida.
Com o Pacaembu lotado (quase
33 mil pagantes), um temor de
parte do elenco e da diretoria não
se materializou -os torcedores
não gritaram o nome de Marcelinho, que pelos planos da comissão técnica não será inscrito para
a competição sul-americana.
As arquibancadas cheias não
ajudaram também a equipe do
Parque São Jorge a confirmar a fama de alçapão do estádio municipal. Nas outras Libertadores que
disputou, o Corinthians fez 14
partidas contra estrangeiros no
Pacaembu e sempre havia saído
de campo como vencedor.
O time brasileiro fez uma série
de homenagens ao avô de Tevez,
que morreu no final de semana
-o argentino não treinou nos últimos dias porque estava em Buenos Aires. Uma faixa e tarjas pretas fizeram parte do ato. O atacante entrou com uma camisa com o
nome por qual era chamado o avô
(Chacho), mas teve que tirá-la, o
que causou um pequeno atraso
no início do confronto.
Quando a bola rolou, foi em ritmo vertiginoso. Com três minutos, os chilenos já haviam perdido
duas chances claras. Depois, o
mandante retomou o controle e
não demorou para abrir o placar.
Aos 15min, Coelho chutou, o goleiro defendeu e, no rebote, Roger
marcou de cabeça.
Na comemoração, o meia mostrou a cicatriz da operação na perna que o tirou de ação por cerca
de quatro meses.
O Corinthians não diminuiu o
ritmo -fez, segundo o Datafolha,
dez finalizações na primeira etapa-, mas falhou na pontaria.
Na volta para o segundo tempo,
o técnico Antônio Lopes disse não
ter gostado da marcação pelo lado
esquerdo da sua defesa, já que
Gustavo Nery se lançava ao ataque e deixava muitos espaços nas
suas costas.
Mas, logo depois de Roger acertar a trave em cobrança de falta,
Lopes ganhou um motivo mais
sólido para se preocupar. Aos
7min, depois de cobrança de escanteio, Jorge Quinteros subiu
para cabecear e empatar o jogo.
Perdendo, o Corinthians, que já
tinha uma formação ofensiva,
mudou para priorizar ainda mais
o ataque. E parecia que a ousadia,
rara para os padrões de Lopes, daria certo. Aos 15min, o goleiro
Buljubasich saiu de forma estabanada, e a bola sobrou para Nilmar, artilheiro do time na temporada (12 gols), em um chute sem
ângulo, colocar seu time novamente em vantagem.
Só que, com tanta gente atacando, a já frágil defesa corintiana se
tornou um convite para os chilenos. Novamente de cabeça, Jorge
Quinteros igualou o placar aos
18min. Com um bom toque de
bola, a Universidad Católica dominou o meio-campo e pouco foi
ameaçada até o final.
Os corintianos, já nos acréscimos, comemoraram um gol, feito
por Marcelo Mattos, que seria o
da vitória, mas o juiz, acertadamente, marcou impedimento.
O time do Parque São Jorge volta ao Pacaembu no sábado, quando enfrenta o Santo André pelo
Campeonato Paulista, competição em que tem hoje expressivos
cinco pontos de desvantagem para o líder São Paulo.
O próximo compromisso pela
Libertadores acontece no dia 9 de
março, quando o Corinthians vai
até o México desafiar o Tigres.
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