São Paulo, quinta-feira, 23 de fevereiro de 2006

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FUTEBOL

Com Ricardinho, Roger, Tevez e Nilmar juntos pela 1ª vez desde o início de um jogo, time empata pela Libertadores

Quarteto estréia, e Corinthians emperra

DA REPORTAGEM LOCAL

Estavam os quatro juntos em campo desde o início de uma partida pela primeira vez.
Mas o resultado foi decepcionante. Com Ricardinho, Roger, Tevez e Nilmar, o Corinthians, na sua primeira partida após a contestada contratação de Marcelinho, só empatou, em 2 a 2, no Pacaembu, com a Universidad Católica. O resultado manteve os visitantes na liderança da chave na Taça Libertadores -os chilenos têm vantagem sobre os brasileiros no número de gols marcados.
O quarteto corintiano fez o time marcar menos gols que sua média no resto da temporada (2,55) e tornou a defesa ainda mais vulnerável -a equipe tinha antes da partida de ontem a boa marca de 1,09 tento sofrido por partida.
Com o Pacaembu lotado (quase 33 mil pagantes), um temor de parte do elenco e da diretoria não se materializou -os torcedores não gritaram o nome de Marcelinho, que pelos planos da comissão técnica não será inscrito para a competição sul-americana.
As arquibancadas cheias não ajudaram também a equipe do Parque São Jorge a confirmar a fama de alçapão do estádio municipal. Nas outras Libertadores que disputou, o Corinthians fez 14 partidas contra estrangeiros no Pacaembu e sempre havia saído de campo como vencedor.
O time brasileiro fez uma série de homenagens ao avô de Tevez, que morreu no final de semana -o argentino não treinou nos últimos dias porque estava em Buenos Aires. Uma faixa e tarjas pretas fizeram parte do ato. O atacante entrou com uma camisa com o nome por qual era chamado o avô (Chacho), mas teve que tirá-la, o que causou um pequeno atraso no início do confronto.
Quando a bola rolou, foi em ritmo vertiginoso. Com três minutos, os chilenos já haviam perdido duas chances claras. Depois, o mandante retomou o controle e não demorou para abrir o placar. Aos 15min, Coelho chutou, o goleiro defendeu e, no rebote, Roger marcou de cabeça.
Na comemoração, o meia mostrou a cicatriz da operação na perna que o tirou de ação por cerca de quatro meses.
O Corinthians não diminuiu o ritmo -fez, segundo o Datafolha, dez finalizações na primeira etapa-, mas falhou na pontaria.
Na volta para o segundo tempo, o técnico Antônio Lopes disse não ter gostado da marcação pelo lado esquerdo da sua defesa, já que Gustavo Nery se lançava ao ataque e deixava muitos espaços nas suas costas.
Mas, logo depois de Roger acertar a trave em cobrança de falta, Lopes ganhou um motivo mais sólido para se preocupar. Aos 7min, depois de cobrança de escanteio, Jorge Quinteros subiu para cabecear e empatar o jogo.
Perdendo, o Corinthians, que já tinha uma formação ofensiva, mudou para priorizar ainda mais o ataque. E parecia que a ousadia, rara para os padrões de Lopes, daria certo. Aos 15min, o goleiro Buljubasich saiu de forma estabanada, e a bola sobrou para Nilmar, artilheiro do time na temporada (12 gols), em um chute sem ângulo, colocar seu time novamente em vantagem.
Só que, com tanta gente atacando, a já frágil defesa corintiana se tornou um convite para os chilenos. Novamente de cabeça, Jorge Quinteros igualou o placar aos 18min. Com um bom toque de bola, a Universidad Católica dominou o meio-campo e pouco foi ameaçada até o final.
Os corintianos, já nos acréscimos, comemoraram um gol, feito por Marcelo Mattos, que seria o da vitória, mas o juiz, acertadamente, marcou impedimento.
O time do Parque São Jorge volta ao Pacaembu no sábado, quando enfrenta o Santo André pelo Campeonato Paulista, competição em que tem hoje expressivos cinco pontos de desvantagem para o líder São Paulo.
O próximo compromisso pela Libertadores acontece no dia 9 de março, quando o Corinthians vai até o México desafiar o Tigres.


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