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Coordenador defende sigilo dos dados
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O coordenador de Tecnologia da Informação de Segurança do Pan, Odécio Carneiro, afirmou que o governo resolveu dispensar a licitação
de infra-estrutura e inteligência dos Jogos Pan-Americanos por uma questão de estratégia de segurança.
Ele admitiu que várias empresas do setor foram de fato
convidadas a apresentar projetos e que é "cabível a interpretação" de que haveria licitação. Mas ressaltou que,
após ter ouvido cada uma delas, o governo identificou
uma série de problemas de
segurança, tendo optado pela dispensa da licitação.
"Após aquilo ali [a apresentação dos projetos] é que
começaram os relatos, as
análises de inteligência [do
governo]. Foram detectados
problemas seríssimos, se nós
divulgássemos os detalhes.
As áreas de inteligência recomendaram a classificação
[tornar o assunto confidencial] desse documento."
"Vou dar um exemplo: como vou licitar um sistema
para o Maracanã e colocar a
planta do estádio publicada,
colocar os locais onde vão ser
instalados os equipamentos?", questionou.
Odécio declarou que visitou vários países que receberam eventos da magnitude
do Pan. E afirmou que em todos eles projetos de inteligência de segurança foram
mantidos em sigilo.
Segundo ele, a Motorola
foi escolhida, entre outras
razões, porque a solução oferecida pela empresa comportava os sistemas e equipamentos existentes no Rio.
Ele disse que o fator preço
foi considerado na escolha e
afirmou que o orçamento
inicial apresentado pela Alcatel-Lucent ultrapassaria
em muito o valor da dispensa
de licitação caso fossem exigidos da companhia os mesmos requisitos atendidos pelo consórcio da Motorola.
Por meio de sua assessoria,
a Motorola informou que
não comentaria o caso.
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