São Paulo, sábado, 23 de fevereiro de 2008

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"Déjà vu" marca final no basquete feminino

Ourinhos inicia hoje contra Catanduva a quarta série decisiva seguida entre eles

Até Edson Ferreto, treinador do adversário, diz que atual tricampeão brasileiro e tetra paulista deve ficar com a vitória no mata-mata final


ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

O clima de mesmice ronda as finais do Nacional feminino de basquete. O Ourinhos inicia hoje as finais, contra o Catanduva, como grande favorito a manter sua hegemonia. Os times protagonizaram três decisões no ano passado.
Ourinhos, do técnico Paulo Bassul, que também dirige a seleção brasileira, é comandado em quadra pela ala Iziane, principal nome da equipe nacional.
Não bastasse isso, o time fez a melhor campanha da fase inicial, com 15 vitórias e uma derrota. Nos mata-matas, passeou.
Nas quartas-de-final bateu o Fluminense por 3 a 0, com a incrível média média de 73 pontos de diferença sobre o rival.
Na semifinal, novo 3 a 0, desta vez sobre o Sport, mas com placares mais apertados.
O time é o atual tetracampeão paulista e tri brasileiro. Nenhum clube na história do basquete feminino do país teve tal domínio por tanto tempo.
Em termos estaduais, seu feito só é superado por um hexacampeonato do São Caetano (1968 a 73) e por um penta do Sorocaba (1987 a 91).
Mesmo com tudo isso, Bassul diz que não terá facilidade. "Temos que tomar cuidado com o contra-ataque e com os arremessos de três pontos", teme.
"Será nosso rival mais duro. É uma cidade que investe, e os resultados estão aparecendo."
De fato, o Catanduva tem conseguido surpreender ocasionalmente. O time do técnico Edson Ferreto conquistou os Jogos Abertos do Interior de Praia Grande no ano passado ao bater o Ourinhos na decisão.
Neste Nacional, manchou a campanha quase perfeita do adversário. Em casa, no primeiro turno, venceu por 76 a 62.
Mesmo assim, seu treinador é cético quanto às possibilidades de uma nova surpresa.
"Vamos tentar ganhar um jogo. Mas, em cinco partidas, é muito difícil o azarão sair vencedor", diz Ferreto.
Nas últimas vezes em que se defrontaram em mata-matas, no Nacional-06 e no Paulista-07, o Ourinhos saiu campeão.
Embora sejam os dois maiores orçamentos do basquete feminino nacional, a distância financeira entre Ourinhos e Catanduva é quase tão grande como os 258 km que separam as duas cidades do interior de SP.
"Com nossos patrocinadores principais e a venda de 22 cotas menores arrecadamos R$ 50 mil por mês", soma João Narciso Leite, diretor do Catanduva.
Calcula-se que o Ourinhos gaste o dobro. Tudo para se manter sempre em primeiro.


NA TV - Ourinhos x Catanduva
Sportv 2, ao vivo, às 21h30



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