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"Déjà vu" marca final no basquete feminino
Ourinhos inicia hoje contra Catanduva a quarta série decisiva seguida entre eles
Até Edson Ferreto, treinador do adversário, diz que atual tricampeão brasileiro e tetra paulista deve ficar com a vitória no mata-mata final
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
O clima de mesmice ronda as
finais do Nacional feminino de
basquete. O Ourinhos inicia
hoje as finais, contra o Catanduva, como grande favorito a
manter sua hegemonia. Os times protagonizaram três decisões no ano passado.
Ourinhos, do técnico Paulo
Bassul, que também dirige a seleção brasileira, é comandado
em quadra pela ala Iziane, principal nome da equipe nacional.
Não bastasse isso, o time fez a
melhor campanha da fase inicial, com 15 vitórias e uma derrota. Nos mata-matas, passeou.
Nas quartas-de-final bateu o
Fluminense por 3 a 0, com a incrível média média de 73 pontos de diferença sobre o rival.
Na semifinal, novo 3 a 0, desta vez sobre o Sport, mas com
placares mais apertados.
O time é o atual tetracampeão paulista e tri brasileiro.
Nenhum clube na história do
basquete feminino do país teve
tal domínio por tanto tempo.
Em termos estaduais, seu feito só é superado por um hexacampeonato do São Caetano
(1968 a 73) e por um penta do
Sorocaba (1987 a 91).
Mesmo com tudo isso, Bassul
diz que não terá facilidade. "Temos que tomar cuidado com o
contra-ataque e com os arremessos de três pontos", teme.
"Será nosso rival mais duro.
É uma cidade que investe, e os
resultados estão aparecendo."
De fato, o Catanduva tem
conseguido surpreender ocasionalmente. O time do técnico
Edson Ferreto conquistou os
Jogos Abertos do Interior de
Praia Grande no ano passado
ao bater o Ourinhos na decisão.
Neste Nacional, manchou a
campanha quase perfeita do
adversário. Em casa, no primeiro turno, venceu por 76 a 62.
Mesmo assim, seu treinador
é cético quanto às possibilidades de uma nova surpresa.
"Vamos tentar ganhar um jogo. Mas, em cinco partidas, é
muito difícil o azarão sair vencedor", diz Ferreto.
Nas últimas vezes em que se
defrontaram em mata-matas,
no Nacional-06 e no Paulista-07, o Ourinhos saiu campeão.
Embora sejam os dois maiores orçamentos do basquete feminino nacional, a distância financeira entre Ourinhos e Catanduva é quase tão grande como os 258 km que separam as
duas cidades do interior de SP.
"Com nossos patrocinadores
principais e a venda de 22 cotas
menores arrecadamos R$ 50
mil por mês", soma João Narciso Leite, diretor do Catanduva.
Calcula-se que o Ourinhos
gaste o dobro. Tudo para se
manter sempre em primeiro.
NA TV - Ourinhos x Catanduva
Sportv 2, ao vivo, às 21h30
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