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São Paulo, domingo, 23 de março de 2003

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GINÁSTICA

Em duas finais, Daniele Hypólito e Daiane dos Santos reencontram adversárias que dominaram pódio ontem

Brasileiras tentam dar "o troco" na Copa

CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL

As ginastas Daniele Hypólito, 18, e Daiane dos Santos, 20, disputam hoje, às 9h, em Cottbus (ALE), duas finais de aparelhos distintos na segunda etapa da Copa do Mundo. Ambas, porém, terão cinco adversárias em comum.
Na trave, em decisão na qual tenta reeditar o ouro -o único do Brasil na Copa- conquistado em 2002, Daniele irá encarar mais uma vez a espanhola Elena Gomez, a russa Anna Pavlova, a uzbeque Oksana Chusovitina, a italiana Teresa Garagano e a romena Oana Ban. No solo, Daiane enfrentará as mesmas concorrentes.
Após entrar para história anteontem ao levar o país pela primeira vez à final dos quatro aparelhos (solo, trave, paralelas assimétricas e salto) na Copa do Mundo, a dupla brasileira tenta hoje dar o troco nas rivais, que dominaram o pódio ontem.
Daniele, que chegou à Alemanha após a prata na França (e quatro meses sem pódios), luta para devolver a derrota sofrida ontem no salto, no qual ficou em quarto lugar, atrás de Chusovitina (ouro) e Pavlova (prata).
Além disso, ela tenta se vingar de Elena Gomez, para quem perdeu o ouro no solo em Paris.
Como trunfo, Daniele tem o retrospecto de 2002 e uma nova sequência acrobática na trave, que lhe deu a nota mais alta na eliminatória (9,125). "Tenho boas chances na trave, mas terei de superar rivais fortes, como a Elena e a Anna. Não há favorita."
Já Daiane, que tenta sua primeira medalha na Copa e provou estar recuperada da contusão que a tirou dos torneios por quase um ano -ela ficou em quinto lugar ontem nas paralelas-, tenta hoje desbancar a atual campeã mundial de solo (Gomez) e desmontar a resistência do júri, que a tirou do pódio na última semana após descontar um ponto de sua nota.
Mas a tarefa das brasileiras não será nada fácil. Além de levar a prata no salto ontem, Pavlova compete para manter a hegemonia alcançada na França, quando obteve dois ouros (trave e salto).
Já Chusovitina, 28, que disputa pela sétima vez o torneio em Cottbus, chega à decisão apresentando uma forte regularidade. Mãe de Alisher e campeã olímpica em 92, ela obteve cinco medalhas em Mundiais de 1991 a 2001.
Por fim, Elena Gomez, que não perde uma final no solo desde o Mundial-2002, desafia as brasileiras após ter batido Daniele na França, ter superado Daiane nas paralelas ontem -ficou com o bronze- e ser dona da segunda maior nota na trave em Cottbus.


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