São Paulo, segunda-feira, 23 de março de 2009

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Paulistas dão vexame em Nacional unificado

Estado tem 5º melhor aproveitamento entre os sete participantes do NBB

Times de SP, que boicotaram Brasileiro-2008, justificam a má campanha devido ao desgaste do Estadual e ao excesso de lesões de atletas

DA REPORTAGEM LOCAL

Quando o Flamengo ganhou o Nacional masculino-08, muitos subestimaram a taça inédita dizendo que os paulistas haviam boicotado o torneio -a exceção foi a Ulbra-Rio Claro.
No entanto, um ano depois, com a reunificação do torneio no Novo Basquete Brasil, os times do Estado capengam.
São Paulo, com oito representantes, detém o quinto melhor aproveitamento de vitórias do NBB entre sete Estados que disputam o campeonato, ficando à frente só de ES e RS.
Se a primeira fase terminasse hoje, nenhum paulista teria a vantagem de decidir em casa nos mata-matas. Limeira e Franca, finalistas do último Paulista e apontados entre os favoritos, não empolgaram.
"Tivemos a infelicidade de fazer oito jogos com a base pela metade. A equipe sentiu, e sofremos derrotas que não esperávamos", analisa Hélio Rubens, técnico do Franca.
"Tivemos só cinco dias de preparação entre o final do Paulista e o início do Nacional", argumenta Zanon, técnico do Limeira, campeão estadual.
O nível de competitividade do Estadual, aliás, é apontado como um fator de desgaste.
"Algumas equipes não tiveram tempo para fazer uma pré-temporada antes da estreia no NBB. No segundo turno, isso será normalizado", afirma o técnico Chuí, do Araraquara.
A desculpa do calendário é invocada também por João Marcelo Leite, técnico do Paulistano. "Precisamos reformulá-lo. Temos muitas vezes que pegar leve nos treinos para não ultrapassar o limite do elenco."
O pouco período de descanso gerou vários problemas de lesão. Os armadores parecem ter sido os mais prejudicados com o excesso de jogos. Helinho (Franca), Arnaldinho (Araraquara), Nezinho (Limeira) e Fernando Penna (Paulistano) já desfalcaram suas equipes.
"É uma posição complicada. É ele quem faz a leitura do jogo e dá cadência ao time", ressalta Hélio Rubens, um ex-armador, referindo-se à ausência do filho, Helinho, em alguns jogos.
Zanon também ressalta o fortalecimento dos times dos outros Estados. "Flamengo, Minas, Brasília e Joinville montaram os melhores elencos do país para serem semifinalistas. Cabe à gente tentar furar esse bloqueio", diz o técnico, referindo-se ao fato de SP não vencer o Brasileiro desde 2003.


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