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Paulistas dão vexame em Nacional unificado
Estado tem 5º melhor aproveitamento
entre os sete participantes do NBB
Times de SP, que boicotaram
Brasileiro-2008, justificam
a má campanha devido ao
desgaste do Estadual e ao
excesso de lesões de atletas
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando o Flamengo ganhou
o Nacional masculino-08, muitos subestimaram a taça inédita dizendo que os paulistas haviam boicotado o torneio -a
exceção foi a Ulbra-Rio Claro.
No entanto, um ano depois,
com a reunificação do torneio
no Novo Basquete Brasil, os times do Estado capengam.
São Paulo, com oito representantes, detém o quinto melhor aproveitamento de vitórias do NBB entre sete Estados
que disputam o campeonato, ficando à frente só de ES e RS.
Se a primeira fase terminasse
hoje, nenhum paulista teria a
vantagem de decidir em casa
nos mata-matas. Limeira e
Franca, finalistas do último
Paulista e apontados entre os
favoritos, não empolgaram.
"Tivemos a infelicidade de
fazer oito jogos com a base pela
metade. A equipe sentiu, e sofremos derrotas que não esperávamos", analisa Hélio Rubens, técnico do Franca.
"Tivemos só cinco dias de
preparação entre o final do
Paulista e o início do Nacional",
argumenta Zanon, técnico do
Limeira, campeão estadual.
O nível de competitividade
do Estadual, aliás, é apontado
como um fator de desgaste.
"Algumas equipes não tiveram tempo para fazer uma pré-temporada antes da estreia no
NBB. No segundo turno, isso
será normalizado", afirma o
técnico Chuí, do Araraquara.
A desculpa do calendário é
invocada também por João
Marcelo Leite, técnico do Paulistano. "Precisamos reformulá-lo. Temos muitas vezes que
pegar leve nos treinos para não
ultrapassar o limite do elenco."
O pouco período de descanso
gerou vários problemas de lesão. Os armadores parecem ter
sido os mais prejudicados com
o excesso de jogos. Helinho
(Franca), Arnaldinho (Araraquara), Nezinho (Limeira) e
Fernando Penna (Paulistano)
já desfalcaram suas equipes.
"É uma posição complicada.
É ele quem faz a leitura do jogo
e dá cadência ao time", ressalta
Hélio Rubens, um ex-armador,
referindo-se à ausência do filho, Helinho, em alguns jogos.
Zanon também ressalta o
fortalecimento dos times dos
outros Estados. "Flamengo,
Minas, Brasília e Joinville
montaram os melhores elencos
do país para serem semifinalistas. Cabe à gente tentar furar
esse bloqueio", diz o técnico,
referindo-se ao fato de SP não
vencer o Brasileiro desde 2003.
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