|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
na bacia das almas
Grandes perdem a pose em São Paulo
Depois da humilhante eliminação do São Paulo contra o São Caetano, Santos passa sufoco para eliminar o Bragantino
Fiasco dos poderosos do Estado vai na contramão do que aconteceu em outros campeonatos do país, onde os mais famosos avançaram
DA REPORTAGEM LOCAL
Muita fama para pouco futebol. Foi assim a participação
dos grandes nas semifinais do
Campeonato Paulista-07.
Em dois jogos, o Santos de
Vanderlei Luxemburgo não
conseguiu marcar uma vez sequer no Bragantino, que só não
eliminou o rival ontem, no Morumbi, porque o goleiro Fábio
Costa e a trave não deixaram,
no 0 a 0, o mesmo placar da primeira partida.
Muito pior fez o São Paulo,
goleado e humilhado, por 4 a 1,
pelo São Caetano, anteontem.
Os duelos da final entre os
clubes do litoral e do Grande
ABC acontecem nos próximos
dois domingos -o Santos tem a
vantagem dos empates.
A pobreza de resultados da
dupla de grandes pouco tem a
ver com o que aconteceu na primeira fase. Cada um só foi derrotado uma vez. O Santos, que
agora não foi capaz de vazar o
modesto Bragantino, teve o
melhor ataque, com 45 gols em
19 jogos. A defesa do São Paulo
foi uma peneira contra o São
Caetano, mas na fase de classificação, sem mata-mata, foi a
mais eficiente -média inferior
a um gol sofrido por partida.
A ausência de um clássico na
decisão dos campos paulistas
vai na contramão de outros Estados, onde grandes, ou time da
primeira divisão nacional, com
campanhas claudicantes na fase de classificação se impuseram na hora de decidir.
Vai ser no Rio (Flamengo x
Botafogo), em Minas (Atlético-MG e Cruzeiro) e Rio Grande
do Sul (Grêmio x Juventude).
Além dos grandes, a definição dos finalistas em São Paulo
foi um duro golpe para a capital. Pelo segundo ano seguido e
pela quarta vez nesta década, o
título do Estadual não vai ser de
um clube paulistano.
Em duas dessas ocasiões os
carrascos das agremiações paulistanas foram os finalistas de
2007 -o São Caetano, em
2004, e o Santos, em 2006.
Na decisão, o Santos terá a
chance de mostrar que os 14
pontos a mais que somou na
primeira fase em relação ao São
Caetano não foram por acaso
com um grupo com muita experiência na competição.
Luxemburgo tem seis títulos
paulista no seu currículo. O zagueiro Antônio Carlos já foi
campeão do torneio por Corinthians, Palmeiras e São Paulo.
O contrário acontece no São
Caetano. O técnico Dorival Júnior até na época de jogador
não teve sucesso no Paulista
-foi jogador do Palmeiras na
época da maior fila da história
do clube alviverde. Nenhum de
seus jogadores é um especialista em taças do Estadual.
A Federação Paulista de Futebol deve anunciar hoje o local
das duas partidas da decisão.
Se a vontade dos finalistas
prevalecer, e as finais forem
marcadas para o Anacleto
Campanella e a Vila Belmiro, a
média de público, que de qualquer forma vai ser menor que a
do ano passado (com a regra
dos pontos corridos), ficará
ainda mais modesta -ela está
abaixo dos 6 mil.
Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: Finalistas lutam por seu território na disputa da taça Índice
|