São Paulo, quarta-feira, 23 de abril de 2008

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Painel FC

Ricardo Perrone - painelfc.folha@uol.com.br

Nem tão firme

Pela primeira vez, cartolas de alta patente no Morumbi têm dúvidas se Juvenal Juvêncio resistirá a pressões para demitir Muricy Ramalho. Isso se o São Paulo não for à segunda fase da Libertadores. Avaliam que a insatisfação do presidente com os resultados está perto do limite, apesar de não considerar o treinador o principal culpado. Quem conhece bem o técnico diz que sua paciência com os corneteiros também está no fim. Um apaziguador disse ao técnico que Leco, o vice de futebol, não está entre os incendiários.

Desertor. Opositores são-paulinos e até dirigentes do Palmeiras dizem que Juvenal fraquejou ao deixar o Parque Antarctica após o episódio do gás. Abandonou o fronte no momento em que o soldados mais precisavam do general.

Sem gás. Para o Palmeiras, como não houve falhas na segurança dos torcedores, não há motivo para seu estádio ser vetado em jogos com o São Paulo. Não admite mais ser mandante no Morumbi.

Brecha. Na tabela do Brasileiro, Palmeiras (mandante) x São Paulo aparece com local a definir, diferentemente dos outros jogos. O clube não sabe o motivo. Virgílio Elísio, o responsável na CBF , explicou que não estava na entidade e não poderia esclarecer.

Time verde. "O São Paulo é tri mundial, está acostumado a ser campeão sem fazer guerra". A indireta ao Palmeiras é de Milton Cruz, auxiliar de Muricy Ramalho.

Invisível. Rinaldo Martorelli, do sindicado dos atletas de São Paulo, diz ter denúncias de três jovens do Santos de que o clube coloca contratos de gaveta para assinarem sem ler no meio de um bolo de papéis. O clube sempre disse que eles sabem o que assinam.

Happy hour. Mário Gobbi, vice de futebol do Corinthians, comprou do seu bolso uma geladeira nas Casas Bahia para sua sala no clube. Levou também um pote de tremoço. "Teve um dia que tomamos um uisquinho aqui. Foi só uma vez, mas pode haver outras", disse o cartola.

Psiu. Funcionários do clube condenam encontros descontraídos no escritório do vice porque a sala é próxima ao vestiário dos jogadores. "Não tem problema porque só entram a diretoria e a comissão técnica", disse Gobbi.

Leilão. A oferta do Manchester City ao Barcelona por Ronaldinho é de 40 milhões. E um bônus de 10 milhões, dependendo dos títulos que os ingleses conquistarem. O Milan paga 30 milhões. O interesse britânico só deve inflacionar o gasto dos italianos.

Guichê. A T4F, responsável pelos ingressos do Cirque du Soleil, planeja entrar no futebol brasileiro. Contratou um ex-executivo da Ingresso Fácil, poderosa do setor no país.

Capital. O Ministério do Esporte já dá sinais de que vê exagero na concentração de eventos esportivos no Rio.


Colaboraram MÁRVIO DOS ANJOS, e RODRIGO MATTOS, da Reportagem Local

Dividida

"Se fosse presidente, faria um escândalo mundial e tiraria o time se não me dessem 15 minutos num vestiário bom. Nem ligo que atrasaria o "Domingão do Faustão""
De JOÃO ROBERTO SEABRA MALTA, opositor são-paulino, sobre o episódio do gás no Parque Antarctica


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