|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
compadres
FPF define palcos da final em minutos
Ao contrário das semifinais, desta vez cartolas mostraram consenso para escolher Moisés Lucarelli e Parque Antarctica
Encontro, que durou um quarto de hora, serviu para envolvidos lavarem as mãos
sobre episódio de gás tóxico no vestiário são-paulino
EDUARDO ARRUDA
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Desta vez não teve discussão
nem polêmica e, em apenas 15
minutos, os estádios Moisés
Lucarelli, em Campinas, e Parque Antarctica, em São Paulo,
foram escolhidos como os palcos das finais do Paulista.
O primeiro jogo, no próximo
domingo, ocorrerá no interior.
A outra partida, no dia 4 de
maio, será na capital. O encontro para a escolha do local, que
durou das 11h30 às 11h45, foi
marcado por cordialidade e clima pacífico entre os dirigentes,
que deixaram claro haver consenso sobre o que foi definido.
Tanto cartolas da FPF como
dos clubes finalistas fizeram
questão de espantar o "fantasma" do São Paulo, que ontem
protocolou no Tribunal de Justiça Desportiva o desejo de punição ao Palmeiras devido ao
gás que impregnou o vestiário
usado pelos tricolores na semifinal de domingo passado.
Marco Polo Del Nero, presidente da FPF, lavou as mãos e
jogou a decisão de um eventual
veto ao Parque Antarctica para
o tribunal desportivo, que pode
denunciar o Palmeiras pelo
episódio do gás. "Em que pese
tudo isso, o clube [Palmeiras]
tem uma responsabilidade objetiva sobre o fato, conforme o
Código Brasileiro de Justiça
Desportiva. Eu acredito que, se
alguém jogou alguma coisa, vai
ser apurado pelo TJD e pela polícia", falou Del Nero ontem,
atribuindo o fato a integrantes
de torcidas organizadas -isentando, assim, o Palmeiras.
"Lamentável. Isso sempre
acontece com as torcidas organizadas. Só pode ser um vândalo, um bandido que não gosta
de futebol", concluiu ele.
A Ponte Preta também não se
opõe ao duelo no campo do rival. "Acredito que, para nós, jogar no Parque Antarctica é
mais vantajoso que no Morumbi. A Ponte está acostumada a
jogar em campos como o Parque Antarctica e tem se dado
bem", disse o presidente do clube do interior, Sérgio Carnielli.
Os dirigentes palmeirenses,
após a reunião, chegaram até a
brincar com o episódio do gás.
O vice-presidente Gilberto Cipullo, ao ser questionado por
um repórter se o nome do estádio passaria a ser "Arena Ultragás", caiu na gargalhada.
O repórter continuou a brincadeira perguntando se a Ponte
receberia máscaras de oxigênio
no Parque Antarctica. Cipullo
voltou a rir e saiu-se com essa:
"Tem que ver se não são eles
que vão trazer o gás".
Ele ainda foi indagado sobre
a possibilidade de o próprio São
Paulo ter liberado o produto no
vestiário. "Não podemos excluir nada. O Palmeiras está
sendo previamente condenado.
Qual interesse teríamos em
lançar um gás no vestiário, já
que estávamos melhores e ganhando o jogo?", indagou Cipullo. "O Palmeiras entende que
não há razão para sua punição
na medida em que tomamos todas as medidas de segurança."
No encontro, ficou definido
também que os palmeirenses
receberão 2.600 ingressos da
carga de 18 mil para a primeira
partida. O clube alviverde negocia para que esses bilhetes
sejam vendidos na capital. Para
o dia 4, o Palmeiras colocará à
venda 27,6 mil entradas e cederá aos campineiros 2.600.
Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: Fator campo: atletas comemoram chance de decidir título em casa Índice
|