São Paulo, quarta-feira, 23 de abril de 2008

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FPF define palcos da final em minutos

Ao contrário das semifinais, desta vez cartolas mostraram consenso para escolher Moisés Lucarelli e Parque Antarctica

Encontro, que durou um quarto de hora, serviu para envolvidos lavarem as mãos sobre episódio de gás tóxico no vestiário são-paulino

EDUARDO ARRUDA
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Desta vez não teve discussão nem polêmica e, em apenas 15 minutos, os estádios Moisés Lucarelli, em Campinas, e Parque Antarctica, em São Paulo, foram escolhidos como os palcos das finais do Paulista.
O primeiro jogo, no próximo domingo, ocorrerá no interior. A outra partida, no dia 4 de maio, será na capital. O encontro para a escolha do local, que durou das 11h30 às 11h45, foi marcado por cordialidade e clima pacífico entre os dirigentes, que deixaram claro haver consenso sobre o que foi definido.
Tanto cartolas da FPF como dos clubes finalistas fizeram questão de espantar o "fantasma" do São Paulo, que ontem protocolou no Tribunal de Justiça Desportiva o desejo de punição ao Palmeiras devido ao gás que impregnou o vestiário usado pelos tricolores na semifinal de domingo passado.
Marco Polo Del Nero, presidente da FPF, lavou as mãos e jogou a decisão de um eventual veto ao Parque Antarctica para o tribunal desportivo, que pode denunciar o Palmeiras pelo episódio do gás. "Em que pese tudo isso, o clube [Palmeiras] tem uma responsabilidade objetiva sobre o fato, conforme o Código Brasileiro de Justiça Desportiva. Eu acredito que, se alguém jogou alguma coisa, vai ser apurado pelo TJD e pela polícia", falou Del Nero ontem, atribuindo o fato a integrantes de torcidas organizadas -isentando, assim, o Palmeiras.
"Lamentável. Isso sempre acontece com as torcidas organizadas. Só pode ser um vândalo, um bandido que não gosta de futebol", concluiu ele.
A Ponte Preta também não se opõe ao duelo no campo do rival. "Acredito que, para nós, jogar no Parque Antarctica é mais vantajoso que no Morumbi. A Ponte está acostumada a jogar em campos como o Parque Antarctica e tem se dado bem", disse o presidente do clube do interior, Sérgio Carnielli.
Os dirigentes palmeirenses, após a reunião, chegaram até a brincar com o episódio do gás. O vice-presidente Gilberto Cipullo, ao ser questionado por um repórter se o nome do estádio passaria a ser "Arena Ultragás", caiu na gargalhada.
O repórter continuou a brincadeira perguntando se a Ponte receberia máscaras de oxigênio no Parque Antarctica. Cipullo voltou a rir e saiu-se com essa: "Tem que ver se não são eles que vão trazer o gás".
Ele ainda foi indagado sobre a possibilidade de o próprio São Paulo ter liberado o produto no vestiário. "Não podemos excluir nada. O Palmeiras está sendo previamente condenado. Qual interesse teríamos em lançar um gás no vestiário, já que estávamos melhores e ganhando o jogo?", indagou Cipullo. "O Palmeiras entende que não há razão para sua punição na medida em que tomamos todas as medidas de segurança."
No encontro, ficou definido também que os palmeirenses receberão 2.600 ingressos da carga de 18 mil para a primeira partida. O clube alviverde negocia para que esses bilhetes sejam vendidos na capital. Para o dia 4, o Palmeiras colocará à venda 27,6 mil entradas e cederá aos campineiros 2.600.


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