|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TÊNIS
Vai deixar saudades
Será a melhor temporada de saibro dos últimos anos; triste para muitos, gostosa para nós e inesquecível para só um
RÉGIS ANDAKU
COLUNISTA DA FOLHA
COMEÇOU a temporada preferida da torcida brasileira: a de
saibro. Anos passados, poderia dizer que começou a temporada
preferida mesmo sem Gustavo
Kuerten. Mas neste ano tem algo de
diferente, a começar pelo próprio.
Na próxima semana, em Barcelona, e daqui a um mês, em Paris, o
brasileiro fará seu último desfile nas
quadras que mais bem conhece. Em
um circuito cada vez mais competitivo e milionário, o que faz organizadores "gastarem" um de seus preciosos convites para um tenista sem a
mínima chance de vitória?
Carisma, histórico e respeito que
têm por Guga respondem. Contra
quem e de que jeito será o adeus em
Roland Garros, impossível saber.
Fácil prever, porém, que a imagem
do ano será a do catarinense sujo do
saibro parisiense, emocionado.
Esta temporada, aliás, começou
de forma estranha. Com Roger Federer, outrora imbatível e soberano,
à espera dos grandes torneios de saibro, sujeitando-se a um torneio
"menor". Pois, sem um único título,
restou ao suíço "usar" o Torneio de
Estoril para recompor a confiança.
Federer está com José Higueras,
ex-jogador espanhol radicado nos
EUA e especialista em saibro. Higueras levou Jim Courier e Michael
Chang a um alto nível no saibro, mas
não deu a Pete Sampras, quando este o procurou, como Federer, o que
mais queria: taça em Roland Garros.
Como o título do Grand Slam mais
cobiçado do ano ficará com um tenista, Rafael Nadal é outro nome a
ser visto nos próximos dias. Tri em
Montecarlo, palco do Masters Series
desta semana, e tri em Roland Garros, o espanhol está longe de fazer
campanha ruim no ano, mas há dúvidas sobre sua real condição física.
Nadal agora vê outros, além de Federer, à sua frente -até os compatriotas David Ferrer e Nicolas Almagro. E tem Novak Djokovic, Andy
Roddick e Nikolay Davydenko... E,
além de Guga, Marcos Daniel está
garantido em Roland Garros.
Esta será a melhor temporada de
saibro dos últimos anos. A mais triste para muitos, a mais gostosa para
nós e a mais inesquecível para apenas um -a saber quem.
FLORIANÓPOLIS
Após o adeus de Guga, dois brasileiros se destacaram no challenger catarinense. Na final, o paulista Thomaz Bellucci bateu o gaúcho Franco Ferreiro, de virada, por 2 sets a 1.
Bellucci é o 127º do ranking.
FRASE
"Nunca vou me casar. Está bom do
jeito que está." A frase, leio no site
Tenisbrasil, é da russa Anna Kournikova, musa eterna dos leitores.
ERRO
Betto Brochetto e o sempre atento
Conrado Giacomini corrigem a coluna: Novak Djokovic é sérvio, não
croata, como lamentavelmente publicado aqui há uma semana.
reandaku@uol.com.br
Texto Anterior: Foco: Artesão japonês lança, no peso, primeiro boicote técnico a Pequim-2008 Próximo Texto: O que ver na TV Índice
|