São Paulo, quinta-feira, 23 de maio de 2002

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PAINEL FC

Assunto velho
Romário voltou a rodear a seleção de Luiz Felipe Scolari. O embaixador brasileiro na Malásia, Geraldo Muzzi, foi ao treino de ontem em Kuala Lumpur e distribuiu seu livro sobre a história da seleção tetracampeã nas Copas do Mundo. O atacante preterido pelo treinador é um dos destaques na publicação.

Palpite
Muzzi também atacou de técnico. Vestiu um boné da comissão técnica e deu conselhos a Scolari: "Entendo que ele precisa ganhar a Copa. É o que nós queremos. Mas ele tem que se lembrar de que a escola do futebol brasileiro é a do toque, da arte". Depois o embaixador, que trocou o dia de trabalho pela tietagem, ainda disputou autógrafos e fotografias com uma legião de torcedores no alambrado.

Placas nômades
Além dos jogadores, quem tem sofrido com a mudança diária dos campos de treino da seleção em Kuala Lumpur (foram quatro lugares em quatro dias) são os funcionários encarregados de instalar as placas de publicidade da AmBev e da Nike. Ontem, no CT do Maybank, o serviço era feito às pressas, simultaneamente à entrada dos jogadores em campo.

Samba rock
Enquanto a seleção brasileira se prepara na Malásia, o Hard Rock Cafe, rede de bares espalhados pelo mundo, terá uma programação temática voltada para a música brasileira, especialmente o samba. O local, um dos mais badalados da rede, está decorado com fotos e com memorabilia da seleção.

Última cartada
Depois da manutenção da decisão do STJD, que manteve o Caxias na primeira divisão, resta ao Figueirense a esperança de que o presidente da Federação Catarinense, Delfim Peixoto, consiga entregar a Joseph Blatter um recurso do clube. Como não conseguiu fazê-lo na Europa, o dirigente espera agora encontrar Blatter durante a Copa. Mas só vai adiantar se o presidente da Fifa se reeleger.

Teorias do caos
A bagunça do futebol e da legislação esportiva brasileira às vésperas da Copa do Mundo é um dos temas do seminário que acontece hoje no escritório paulistano do Demarest e Almeida. Depois das palestras será lançado o livro "O Novo Direito Esportivo", de Álvaro Mello Filho, que ajudou a escrever o estatuto da Liga Nacional e a Lei Pelé.

Braço...
A vaga na Libertadores de 2003 está começando a gerar frutos. A Nike, por meio de um intermediário, sondou o presidente Alberto Dualib. Quer o Corinthians com a sua camisa no ano que vem. Oferece quase o dobro do que o clube ganha hoje com material esportivo.

...de ferro
Mas a Topper, atual parceira corintiana, ficou sabendo da sondagem e mandou resposta. Disse que a "sua" camisa dá sorte ao clube, com o qual tem contrato até o ano que vem.

Novela?
A CBF vai anunciar terça quando e como será disputado o Brasileiro. Já está tudo acertado, mas faltam as assinaturas dos clubes, que abriram mão de comandar o campeonato. Segundo o diretor do departamento técnico da entidade, Virgílio Elíseo, o torneio deve começar no dia 11 de agosto, terminar em 15 de dezembro e reunir 26 clubes.

Fino trato
Se dentro de quadra Guga é o número um do Brasil, fora a situação é outra. Fernando Meligeni saiu na frente e, na segunda-feira, lançou no Brasil a linha de raquetes "Fininho". Amanhã, em Paris, Guga participa do lançamento de outro fabricante, mas a linha não leva seu nome.

Invictos
O site da International Federation of Football History & Statistics (www.iffhs.de) pôs no ar o ranking dos goleiros que por mais tempo ficaram invictos. Lidera a lista o brasileiro Mazaropi, ex-Vasco, que entre 1977 e 1978 registrou o recorde de 1.816 minutos. Zetti, com a marca de 1.242 minutos, é o quinto. Entre os top ten, o único que está na Copa é Vitor Baía (POR).

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

Do atacante corintiano Deivid sobre o Supercampeonato Paulista, recém-inventado pela Federação Paulista de Futebol:
- Os dirigentes não têm mais o que inventar.

CONTRA-ATAQUE

Sem lenço e sem documento

Os jogadores da seleção estão se policiando para evitar situações embaraçosas na Malásia. Mas alguns dão verdadeiras mancadas. O último foi Marcos.
Com a maioria da população islâmica, a Malásia tem hábitos mais severos do que o Brasil. Embora o país conceda liberdade religiosa, as mulheres convertidas ao islamismo se vestem de forma discreta. Quase todas usam roupas compridas e lenços para cobrir a cabeça.
A própria comissão técnica já orientou os jogadores para que evitem se vestir com pouca roupa e respeitem a cultura local.
Apesar dos alertas da CBF, o goleiro Marcos se esqueceu das recomendações ontem à tarde.
Cercado por uma série de torcedoras, algumas islâmicas, o atleta, de calção de banho, criou um mal-estar entre os seguranças locais ao parar para atender um jornalista. Depois de cerca de cinco minutos, o goleiro interrompeu a pergunta ao perceber os olhares dos seguranças.
- Vamos ver se a gente termina a entrevista logo e sem ser preso, disse Marcos, que entrou rapidamente no vestiário.



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