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Malásia queria o futebol-samba
DOS ENVIADOS A KUALA LUMPUR
Se o pagode é música do momento na seleção e foi a senha para a comissão técnica diminuir a
quantidade dos treinos na Malásia, o samba, espécie de pai do ritmo preferido pelos boleiros, prossegue como referência do futebol
brasileiro pelo mundo.
E foi com espanto que os malaios descobriram que, com Luiz
Felipe Scolari, a seleção perdeu
em samba para ganhar em pragmatismo. "Sem lugar para o jogo
bonito" foi o título principal do
caderno de esportes do "New
Straits Times", principal jornal
em língua inglesa da Malásia. No
subtítulo, a decepção: "Técnico
Scolari quer resultados, não samba, para vencer a Copa".
O que não é mais surpresa para
os brasileiros foi descoberto pelos
malaios após uma entrevista concedida por Scolari anteontem.
"Quem é que joga bonito hoje? Na
minha passagem pela seleção, tenho de mostrar resultados, e nosso objetivo é muito claro: ganhar
a Copa do Mundo", afirmou ele.
O texto do jornal dizia que os
malaios que esperam por um
"samba cheio de alma" no sábado
poderão ficar desapontados.
"Não acho que a filosofia de
Scolari seja adequada a esse time.
O Brasil continua sendo um modelo e tendo jogadores muito técnicos, mas seu treinador poderia
ser flexível, conversar com os atletas e dar-lhes liberdade para fazer
o que acham melhor", disse o jornalista malaio Dhinnesh Kumaran, da agência de notícias Associated Press.
(FV, JAB E SR)
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