São Paulo, quinta-feira, 23 de maio de 2002

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Malásia queria o futebol-samba

DOS ENVIADOS A KUALA LUMPUR

Se o pagode é música do momento na seleção e foi a senha para a comissão técnica diminuir a quantidade dos treinos na Malásia, o samba, espécie de pai do ritmo preferido pelos boleiros, prossegue como referência do futebol brasileiro pelo mundo.
E foi com espanto que os malaios descobriram que, com Luiz Felipe Scolari, a seleção perdeu em samba para ganhar em pragmatismo. "Sem lugar para o jogo bonito" foi o título principal do caderno de esportes do "New Straits Times", principal jornal em língua inglesa da Malásia. No subtítulo, a decepção: "Técnico Scolari quer resultados, não samba, para vencer a Copa".
O que não é mais surpresa para os brasileiros foi descoberto pelos malaios após uma entrevista concedida por Scolari anteontem. "Quem é que joga bonito hoje? Na minha passagem pela seleção, tenho de mostrar resultados, e nosso objetivo é muito claro: ganhar a Copa do Mundo", afirmou ele.
O texto do jornal dizia que os malaios que esperam por um "samba cheio de alma" no sábado poderão ficar desapontados.
"Não acho que a filosofia de Scolari seja adequada a esse time. O Brasil continua sendo um modelo e tendo jogadores muito técnicos, mas seu treinador poderia ser flexível, conversar com os atletas e dar-lhes liberdade para fazer o que acham melhor", disse o jornalista malaio Dhinnesh Kumaran, da agência de notícias Associated Press. (FV, JAB E SR)



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