São Paulo, quinta-feira, 23 de maio de 2002

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BASQUETE

Cestinha do Flamengo, que pararia de jogar após o Nacional masculino, anuncia hoje seus planos para o futuro

Após despedida, Oscar já fala em retorno

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Pouco depois de anunciar que estava se despedindo das quadras, Oscar Schmidt, 44, aparentemente, mudou de idéia. Depois da polêmica partida em que o COC/Ribeirão Preto eliminou o Flamengo do Nacional masculino, o ala admitiu que ainda pode jogar.
"Falei com minha mulher [Cristina" e refleti. Pode ser que eu não pare de jogar. Não posso deixar uma última imagem desse tipo", disse Oscar, na madrugada de ontem. O ala marcou uma coletiva para hoje, na qual pode anunciar uma possível volta às quadras.
Sem citar o nome, o jogador reclamou da arbitragem de Francisco Lima, que marcou cinco faltas técnicas, uma intencional e duas exclusões contra sua equipe.
"Há árbitros que erram, como o o Vinhaes [João Batista Vinhaes Jr.", que apitou hoje. Mas existem juízes que são mal-intencionados. O que atuou em nossa partida ao lado do Vinhaes foi mal-intencionado", disse o ala, que concedeu coletiva no hotel em que estava hospedado o Flamengo.
"Fato semelhante aconteceu na Itália alguns anos atrás. O juiz foi banido do basquete", completou.
Revoltados com as marcações do árbitro, os jogadores do Flamengo, comandados por Oscar, deixaram a quadra. Fernando Sihman, dirigente do clube carioca, ainda tentou negociar um retorno da equipe à partida.
Porém a arbitragem encerrou o jogo, com Ribeirão vencendo por 84 a 78. Com o resultado, o time do técnico Aluísio Ferreira, o Lula, fechou sua série em 3 a 0 e está nas semifinais do Nacional.
"Normalmente eu estaria triste por perder uma partida. Mas estou enojado", afirmou o jogador.
O ala, cestinha do Nacional, com 1.183 pontos, ficou inconformado com o fato de ter sido expulso do jogo que marcaria sua despedida das quadras. Ele foi excluído ao bater palmas para o armador Nezinho, que cobrava os lances livres das faltas técnicas que o Flamengo havia tomado.
"Chamei ele [Francisco Lima" de cagão 50 vezes. Fui expulso porque aplaudi", reclamou o ala, sem se referir aos outros palavrões que usou durante o jogo.
Procurado pela Folha, Francisco Lima não foi encontrado.


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