São Paulo, quinta-feira, 23 de maio de 2002

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FUTEBOL

Time de Oswaldo de Oliveira empata com Palmeiras pelo Superpaulista e disputará sua segunda final em 15 dias

São Paulo tem chance de salvar semestre

Fernando Santos/Folha Imagem
São-paulinos comemoram gol na partida de ontem que classificou o time à final do Superpaulista


EDUARDO ARRUDA
RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL

Com um empate de 2 a 2 diante do Palmeiras, ontem, no Canindé, o São Paulo se classificou para as finais do Supercampeonato Paulista e terá a sua segunda chance de ganhar um título no primeiro semestre de 2002. A decisão será contra o Ituano, a partir de domingo. Os locais dos jogos decisivos deverão ser definidos hoje.
Os comandados de Oswaldo de Oliveira se classificariam mesmo com uma derrota por um gol de diferença, pois venceram o primeiro confronto, domingo, em São Caetano do Sul, por 2 a 0.
O título serviria para compensar os recentes fracassos na Copa do Brasil e no Rio-SP.
Na competição nacional, o time do Morumbi foi eliminado nas semifinais e no torneio regional, a equipe foi vice-campeã. Nas duas oportunidades o São Paulo foi batido pelo Corinthians.
Após as duas decepções, a diretoria trocou o técnico Nelsinho Baptista por Oswaldo de Oliveira, que estreou no jogo anterior.
Um triunfo no curto torneio estadual, que começou já nas semifinais, também é uma chance para os jogadores mostrarem que merecem permanecer no clube, já que haverá uma reformulação.
Já o Palmeiras, só volta a jogar na Copa dos Campeões, em julho. O técnico Wanderley Luxemburgo se reunirá com os dirigentes para definir os planos do time, que também fracassou no Rio-SP e na Copa do Brasil.Além de contratações, mais dispensas podem ocorrer.
Cinco atletas já foram dispensados. Revoltada com a eliminação, a torcida palmeirense pediu no estádio a saída do presidente Mustafá Contursi e do diretor de futebol Sebastião Lapola.
Como ocorrera no confronto anterior, o público decepcionou os dirigentes, que tiveram juntos um prejuízo de cerca de R$ 20 mil em São Caetano.
Ontem, o número de torcedores pagantes não foi divulgado ontem, mas, segundo estimativa da Polícia Militar feita antes da partida, não seria superior a 5.000 mil pessoas, mesmo número de pagantes do clássico anterior. Os dirigentes são-paulinos esperam recuperar o prejuízo nas finais.
Mesmo com pouca gente no Canindé, houve confronto entre torcedores do lado de fora.
No começo do jogo, o Palmeiras conseguiu marcar com eficiência a saída de bola do rival, que teve dificuldades para passar do meio-campo. As jogadas mais perigosas da equipe do Parque Antarctica aconteceram pelo lado direito, com o lateral Pedro.
A marcação adversária fez com que os são-paulinos errassem trocas de bola e não conseguissem armar contra-ataques.
Mas o Palmeiras só manteve a rapidez no ataque e a eficiência nos desarmes por 10 minutos.
Com mais liberdade, os comandados de Oliveira começaram a contra-atacar rapidamente.Apesar de o time de Luxemburgo atacar mais, as melhores chances no primeiro tempo foram do São Paulo. O goleiro Sérgio fez pelo menos três difíceis defesas na etapa inicial.
Em busca de uma vitória por três gols de vantagem para se classificar sem depender de uma disputa nos pênaltis, Luxemburgo fez as suas três alterações na volta do intervalo. Taddei, Célio e Lopes saíram para as entradas de Fabiano Eller, Munhoz e Nenê.
O volante Eller, ex-Vasco, e o atacante Nenê, ex- Jundiaí, fizeram as suas estréias no time.
O treinador palmeirense não teve tempo de observar os efeitos de suas mudanças.Aos 2min, o São Paulo abriu o placar. Reinaldo tocou de calcanhar para Fábio Simplício, que chutou de fora da área e marcou.
Sem se organizarem no ataque, os palmeirenses contaram com uma falha da zaga rival para empatarem o jogo. Itamar recebeu a bola sem marcação e chutou da entrada da área para empatar o clássico, aos 19min.Mesmo procurando não se arriscar, o São Paulo chegou ao segundo gol. Aos 33min, Sandro Hiroshi recebeu passe de Reinaldo, na área, tocou na saída de Sérgio e fez 2 a 1. Ele não marcava um gol desde setembro de 2000 e está na relação de atletas que podem deixar o clube após as finais.
Após nova falha da defesa rival, Nenê pegou a bola e chutou no ângulo esquerdo de Roger para empatar o clássico, aos 41min.


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