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Basquete se divide em relação a "bad boys"
Seleção masculina veta Marquinhos e Nezinho, pivôs de distúrbios no passado
Equipe feminina prega retorno de Iziane, que se recusou a entrar em quadra durante disputa de vaga olímpica para Pequim
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Sob nova direção na Confederação Brasileira de Basquete,
a seleção masculina baniu os
indisciplinados. A feminina,
não. Neste ano, as equipes jogam a Copa América, que é seletiva para o Mundial-2010.
Da lista divulgada anteontem
pelo espanhol Moncho Monsalve, ficaram de fora jogadores
que tiveram problemas com
Lula, antigo treinador do Brasil: Marquinhos e Nezinho. No
feminino, por ora, o único nome garantido é o de Iziane.
No Pré-Olímpico-07, Marquinhos reclamou do técnico,
que pouco o usou. Na época na
NBA, ele disse que Lula não tinha comando sobre a equipe.
Já Nezinho se recusou a entrar na quadra em jogo com o
Uruguai, pelo mesmo torneio.
"O Marquinhos é um excelente jogador e fez ótimo Brasileiro", diz José Neto, assistente
técnico do time nacional. "Mas
seleção não é só isso. Nas vezes
em que ele foi [chamado], foi
complicado. Precisamos de
atletas que trabalhem em grupo. Neste momento, [esse atleta] não tem perfil de seleção."
Destaque do Pinheiros, Marquinhos, 24, é o segundo cestinha do Novo Basquete Brasil, o
Brasileiro da modalidade. Com
média 22,8 pontos por jogo,
disse estar surpreso com o veto.
"Houve brigas no passado,
mas penso em seleção. Minhas
atuações provam que sou jogador de grupo", diz ele, que tenta
voltar à NBA. O ala viaja no final do mês para testes em uma
equipe. Caso não seja aprovado,
jogará a liga de verão de Las Vegas, em julho, na qual ainda pode obter vaga em algum time.
Nezinho, 28, eleito o melhor
atleta do Paulista-2008, estaria
velho. "Estamos renovando. É
bom jogador. Mas, pela idade,
não tem espaço", diz Neto.
Procurado, Moncho não foi
localizado. Ele está em Genebra (Suíça), onde acompanha
hoje a escolha da sede do Mundial-14. O espanhol defendeu a
candidatura de seu país, que
concorre com Itália e China.
Carente de opções, o feminino vive momento diverso. Por
isso, Iziane é nome certo. Em
sua última participação, ela não
quis entrar em quadra contra a
Belarus, em jogo que decidia
vaga olímpica -foi cortada.
"A Iziane será chamada. Penso no melhor para a seleção
brasileira. Mas todas as jogadoras terão que se enquadrar no
mesmo pensamento", diz o técnico Paulo Bassul, do feminino.
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