São Paulo, sábado, 23 de maio de 2009

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Basquete se divide em relação a "bad boys"

Seleção masculina veta Marquinhos e Nezinho, pivôs de distúrbios no passado

Equipe feminina prega retorno de Iziane, que se recusou a entrar em quadra durante disputa de vaga olímpica para Pequim


ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Sob nova direção na Confederação Brasileira de Basquete, a seleção masculina baniu os indisciplinados. A feminina, não. Neste ano, as equipes jogam a Copa América, que é seletiva para o Mundial-2010.
Da lista divulgada anteontem pelo espanhol Moncho Monsalve, ficaram de fora jogadores que tiveram problemas com Lula, antigo treinador do Brasil: Marquinhos e Nezinho. No feminino, por ora, o único nome garantido é o de Iziane.
No Pré-Olímpico-07, Marquinhos reclamou do técnico, que pouco o usou. Na época na NBA, ele disse que Lula não tinha comando sobre a equipe.
Já Nezinho se recusou a entrar na quadra em jogo com o Uruguai, pelo mesmo torneio.
"O Marquinhos é um excelente jogador e fez ótimo Brasileiro", diz José Neto, assistente técnico do time nacional. "Mas seleção não é só isso. Nas vezes em que ele foi [chamado], foi complicado. Precisamos de atletas que trabalhem em grupo. Neste momento, [esse atleta] não tem perfil de seleção."
Destaque do Pinheiros, Marquinhos, 24, é o segundo cestinha do Novo Basquete Brasil, o Brasileiro da modalidade. Com média 22,8 pontos por jogo, disse estar surpreso com o veto.
"Houve brigas no passado, mas penso em seleção. Minhas atuações provam que sou jogador de grupo", diz ele, que tenta voltar à NBA. O ala viaja no final do mês para testes em uma equipe. Caso não seja aprovado, jogará a liga de verão de Las Vegas, em julho, na qual ainda pode obter vaga em algum time.
Nezinho, 28, eleito o melhor atleta do Paulista-2008, estaria velho. "Estamos renovando. É bom jogador. Mas, pela idade, não tem espaço", diz Neto.
Procurado, Moncho não foi localizado. Ele está em Genebra (Suíça), onde acompanha hoje a escolha da sede do Mundial-14. O espanhol defendeu a candidatura de seu país, que concorre com Itália e China.
Carente de opções, o feminino vive momento diverso. Por isso, Iziane é nome certo. Em sua última participação, ela não quis entrar em quadra contra a Belarus, em jogo que decidia vaga olímpica -foi cortada.
"A Iziane será chamada. Penso no melhor para a seleção brasileira. Mas todas as jogadoras terão que se enquadrar no mesmo pensamento", diz o técnico Paulo Bassul, do feminino.


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