São Paulo, domingo, 23 de junho de 2002

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SONINHA

Não somos imbatíveis (mas ninguém é...)

Passada a alegria com o ótimo resultado (vencer a Inglaterra de virada e com um a menos não é pouco), não custa lembrar os problemas que apresentamos no jogo.
Até o estalo genial de Ronaldinho, nada indicava que o Brasil fosse furar o bloqueio dos ingleses. Tínhamos a bola nos nossos pés por mais tempo e no nosso meio-campo existia uma (boa) novidade, mas o fato é que jogávamos "direitinho", não mais que isso. A Inglaterra, por sua vez, jogava em banho-maria. Começou a "ensebar" antes mesmo do 1 a 0. Contra a Dinamarca, ocupara o campo todo até abrir boa vantagem; contra o Brasil, encolheu-se.
Nosso meio-campo teve presença, mas não criatividade. Os laterais impõem respeito, preocupam o adversário e ajudam na marcação, mas não acrescentam quase nada em variedade ao ataque. Sinto falta de movimentação e toques rápidos pelos flancos; um trabalho envolvente entre um meia, um lateral e um atacante poderia surpreender e botar um dos nossos desmarcados dentro da área (coisa que Bélgica e Costa Rica fizeram várias vezes).
Desculpe a insistência, mas o Ricardinho é bom nisso. Ele é inteligente em espaços pequenos, sabe abrir caminhos. Os três "erres" tentam tabelas pelo meio que, às vezes, dão certo, mas o repertório da seleção ainda é muito limitado. Conseguimos mais coesão, mas não somos irresistíveis. Se é que alguém vai ser nesta Copa...
E o Senegal, que decepção!.

soninha.folha@uol.com.br



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