Piloto ganha o GP da França e põe Brasil no topo do Mundial depois de 15 anos

TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A MAGNY-COURS

Foram 255 domingos, exatos 15 anos e 11 dias de jejum. E ontem, com a vitória de Felipe Massa no GP da França, o Brasil voltou a ver um de seus pilotos na liderança da F-1.
Algo raro na história da categoria. E que colocou o ferrarista ao lado de um seleto grupo.
Dos 28 brasileiros que já chegaram à F-1, apenas Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna já haviam tido tal privilégio. Todos eles foram campeões do mundo.
"Estou muito orgulhoso de estar onde estou hoje", declarou Massa, 27, que comemorou muito a oitava vitória na carreira, a terceira em 2008 -é o piloto com mais triunfos no ano.
"Mas eu não gosto muito de fazer comparações. O Emerson, o Piquet e o Senna foram grandes pilotos, e espero um dia poder chegar mais perto. Eu ainda sou muito pequenininho do lado deles", completou.
O triunfo em Magny-Cours coroou ainda uma recuperação espetacular do brasileiro. Depois de não completar as duas primeiras corridas do ano, venceu no Bahrein, passou a ocupar o sexto posto no campeonato e deu início à escalada.
Em seis corridas foram três vitórias, um segundo lugar, um terceiro e um quinto. Um aproveitamento de 80% dos pontos em jogo. O melhor no período.
"Me sinto maduro e preparado, depois de tantos anos de trabalho. Aprendi a lutar, a vencer e até a perder", falou Massa.
"Acho que ainda é cedo para falar em título. É claro que temos uma chance pela frente, mas tenho que continuar meu trabalho e pensar corrida a corrida, tentando marcar o maior número possível de pontos."


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