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CBF pune só auxiliares por erros
Palmeiras, Santos e Sport protestam formalmente contra arbitragens na rodada do final de semana
Sérgio Corrêa, presidente
da Comissão Nacional de Arbitragem, afasta por 30 dias Hamilton Pontarolo e Guilherme Dias Camilo
DA REPORTAGEM LOCAL
A sétima rodada do Brasileiro foi marcada por controversas atuações de árbitros em três
partidas: Atlético-PR 2 x 2 Palmeiras, Santo André 2 x 1 Sport
e Santos 2 x 3 Atlético-MG.
Em todas, foram cometidos
erros crassos que prejudicaram
Palmeiras, Santos e Sport, clubes que entraram com representações na CBF (Confederação Brasileira de Futebol) contra os juízes Alício Pena Junior
(MG), Djalma Beltrami (RJ) e
Edivaldo Elias da Silva (PR).
A resposta da entidade foi
imediata, mas o presidente da
Comissão Nacional de Arbitragem, Sérgio Corrêa, poupou os
árbitros e só suspendeu os bandeirinhas Hamilton Pontarolo
e Guilherme Dias Camilo.
"Ambos cometeram equívocos e ficarão afastados por 30
dias, procedimento normal
nesses casos", afirmou Corrêa,
em entrevista à ESPN Brasil.
No entanto a punição não aliviou a fúria dos prejudicados.
Em Curitiba, no último sábado, o Palmeiras perdeu a chance de somar três pontos graças
a um gol mal anulado por Alício
Pena Junior. Obina recebeu
lançamento dentro da área em
posição legal, fez o gol de voleio,
mas o bandeirinha Guilherme
Dias Camilo assinalou impedimento, e o árbitro confirmou a
decisão do auxiliar.
"Foi um erro absurdo, de ignorância. Havia quatro jogadores dando condição ao Obina.
Aceitamos falhas, mas não erros escandalosos. Vamos fazer
uma representação contra o
Alício Pena Junior", afirmou
Toninho Cecílio, gerente de futebol palmeirense.
Na Vila Belmiro, Djalma Beltrami cometeu dois erros. Primeiro, terminou a partida antes da hora e precisou recomeçá-la para a disputa dos minutos de acréscimo. Depois, ainda
anulou um gol legítimo de Molina, alegando que o atacante
Kléber Pereira cometeu falta
fora do lance.
"Já mandamos um protesto
para a CBF. Por erros de arbitragem, o Santos saiu derrotado. Essas falhas podem comprometer a participação do clube no torneio", disse Mário Mello, gerente jurídico do clube.
A situação de Beltrami ainda
é indefinida. "Já conversamos
duas vezes. Ele até corrigiu um
dos erros, que foi ter terminado
o jogo antes, mas causou polêmica. Vamos analisar o histórico, a carreira dele, depois veremos uma fita do jogo e analisaremos", comentou Corrêa.
No ABC, Santo André e Sport
empatavam por 1 a 1 quando
Marcel marcou o gol da virada
dos paulistas, aos 48min do segundo tempo, em posição de
impedimento. Edivaldo Elias
da Silva validou o lance.
"O Sport foi roubado, nos bateram a carteira, e o Sérgio Corrêa é o responsável, pois comanda a arbitragem", afirmou
Guilherme Beltrão, vice de futebol do time pernambucano.
Para os clubes, o pior é que
todos os árbitros têm históricos
de erros e confusões.
Djalma Beltrami, por exemplo, comandou Náutico x Grêmio (a Batalha dos Aflitos), em
2005, que garantiu os gaúchos
na elite do Brasileiro em 2006.
Na ocasião, Beltrami expulsou quatro jogadores gaúchos e
um pernambucano. "Eu só não
entendo como eles continuam
apitando", questionou Vagner
Mancini, técnico do Santos.
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