Celeste se classifica em 1º lugar do Grupo A após bater mexicanos

Joel Silva/Folhapress

O goleiro Muslera é abraçado por companheiros após o gol do Uruguai

Uruguai 1
Suárez, aos 43min do primeiro tempo
México 0

MARTÍN FERNANDEZ
ENVIADO ESPECIAL A RUSTEMBURGO

O Uruguai, elo mais fraco da armada sul-americana neste Mundial, deixou o sofrimento das eliminatórias de lado, atravessou a fase de grupos sem sofrer gols e se classificou para as oitavas de final, fugindo da Argentina.
Os uruguaios bateram o México por 1 a 0 e vão pegar a Coreia do Sul no mata-mata.
No classificatório sul-americano, a Celeste ficou em quinto lugar (atrás de Brasil, Chile, Paraguai e Argentina) e precisou passar pela repescagem antes ir para a África.
Tal situação levou o técnico Oscar Tabárez a dizer, antes da Copa: "Temos que desfrutar, estamos entre os 32 melhores do mundo".
Ontem, ele usou os mesmos termos, em outro contexto. "Um Mundial você desfruta, porque nas eliminatórias você sofre."
A classificação uruguaia se fez sobre uma sólida base defensiva. Foi quem mais desarmou no Grupo A: 44 em três jogos, contra 36 dos mexicanos, 33 dos sul-africanos e 30 dos franceses.
Ontem, o Uruguai esperou o México. E, de seu campo de defesa, controlou o jogo.
Os mexicanos tiveram posse de bola (58% a 42%), mas finalizaram menos (3 a 8) e bateram muito mais (11 faltas a 5) do que os uruguaios.
Com exceção de um tiro de Guardado no travessão, o México sempre correu mais riscos de tomar o gol.
Foi vazado aos 43min, quando Forlán puxou contra-ataque e abriu para Cavani na direita, que cruzou na cabeça de Suárez.
Maioria absoluta no estádio, a torcida mexicana entrou em pânico. Isso porque, em Bloemfontein, a África do Sul batia a França por 2 a 0.
O desespero nas arquibancadas se alastrou para o campo. O técnico Javier Aguirre pôs no time os atacantes Barrera e Hernández, além do meia ofensivo Israel Castro.
Sem ideias, o México esteve mais perto de levar o segundo do que de empatar.
Só houve comemoração no banco mexicano quando, pelo rádio, souberam que a França havia descontado. Ao México, sobrou a chance de reencontrar a Argentina e tentar vingar 2006.


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